Segundo informações divulgadas pelo Tesouro Nacional sobre o Tesouro Direto, na manhã desta segunda-feira (26/12), em novembro de 2022, o total de pessoas que atualmente estão com saldo em aplicações no Tesouro Nacional atingiu a marca de 2.109.570 pessoas. Registrou-se 550.150 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor total de R$ 3,59 bilhões.
Os números marcam que investidores cadastrados no Programa aumentou em 448.136, isso marca um crescimento total de 43% em relação a novembro de 2021, atingindo a marca total de 22.048.922 pessoas. Ao todo, foram realizadas 550.150 operações, com resgates de R$ 2,79 bilhões. Dessa forma, houve emissão líquida de R$ 805 milhões.
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O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic) que totalizou, em vendas, R$ 1,84 bilhão e correspondeu a 51,3% do total.
Demais títulos que são indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 1,15 bilhão e corresponderam a 32,0% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 599,3 milhões em vendas, ou 16,7% do total.
O economista Bruno Nespoli Damasceno explica o motivo da taxa Selic ter se destacado e afirma que neste caso as expectativas são traduzidas em negócios e investimentos.
“Os juros não irão cair como antes planejado e alguns economistas já indicam aumento na SELIC dos próximos anos. Países muito mais seguros, tal como Japão, já está aumento o nível da taxa de juros para controle monetário. Acredito que a nova configuração da allta de juros fora do Brasil poderá ditar os rumos da SELIC internamente, pois claramente está se desenvolvendo um cenário de mais risco Brasil e o retorno (taxa de juros) certamente precisará ser maior”, afirmou.
A Selic ainda se destaca como o título mais resgatado, com operações que atingiram R$ 1,63 bilhão (60,9%). Logo em sequência estão os títulos corrigidos por índices de preço, com R$ 680,70 milhões (25,4%), e os prefixados, R$ 369,00 milhões (13,7%).
As aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,6% dos investimentos no período. O valor médio por operação foi de R$ 6.527,23. Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 70,3% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 20,8%, enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam 8,9% do total.
Nespi afirma que o controle da inflação é um problema para o Governo, junto ao Banco Central resolverem. “Espera-se que a busca por títulos atrelados à inflação ou juros seja a nova realidade do investidor brasileiro, pois o ambiente não ainda é muito incerto para renda variável. A responsabilidade fiscal precisa ser mantida para que Governo e Banco Central resolvam os mesmos problemas juntos: controle de inflação”, conclui.
O estoque investido no Tesouro Direto atingiu R$ 102,98 bilhões no mês, um aumento de 1,7% comparado com o mês de outubro. O penúltimo mês do anos, ainda fechou com estoque de R$ 102,98 bilhões, um aumento de 1,7% em relação ao mês anterior (R$ 101,23 bilhões).
Lançamento de título
O programa Tesouro Direto, criado em 2002, permite que pessoas físicas comprem e vendam títulos públicos pela internet, por meio de corretoras. São permitidas aplicações a partir de R$ 30.
Agora a principal novidade na agenda do Ministério da Economia prevista para a semana será o lançamento nesta terça-feira (27/12), da Nota do Tesouro Nacional Série B Subsérie 1 (NTN-B1). Segundo a pasta, o lançamento tem como objetivo facilitar a aposentadoria dos investidores.
Este será um papel corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com o pagamento da amortização (principal) em parcelas mensais e consecutivas. O último lançamento feito pelo Programa, foi o Cad&Pag, que facilita o cadastramento de novos usuários e o pagamento das aplicações. Os investimentos podem ser pagos com Pix.
*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes
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