A balança comercial brasileira registrou mais um superavit neste ano e encerrou novembro com um resultado positivo de US$ 6,68 bilhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados também indicaram um crescimento de 30,5% das exportações, com o valor total de US$ 28,16 bilhões, além de uma queda de -5,5% das importações, que atingiram US$ 21,49 bilhões no último mês.
O setor que apresentou o maior crescimento nas exportações foi o da Agropecuária, que obteve crescimento de 60,8%, com US$ 5,09 bilhões de valor total. Já os segmentos de Indústria Extrativa e Indústria de Transformação tiveram crescimentos de 34,4% e 21,5%, respectivamente.
Um destaque em relação ao resultado das exportações brasileiras do último mês é o aumento substancial de 59,5% nas vendas de produtos para a União Europeia, o que totalizou US$ 4,47 bilhões para o comércio brasileiro.
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Em relação às importações, a maior queda foi na Agropecuária, que apresentou recuo de -27,0% no último mês, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As indústrias Extrativa e de Transformação também tiveram saldos negativos, de -9,9% e -2,9%, respectivamente.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a balança comercial já soma US$ 58,02 bilhões de saldo positivo, com 0,7% de crescimento na comparação com os 11 primeiros meses de 2021.
Otimismo para dezembro
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, ressalta que as projeções para dezembro são positivas, visto que, historicamente, o último mês do ano costuma apresentar bons resultados para a balança comercial.
“(Em dezembro) Há um aquecimento dos embarques de mercadorias e empresas vão fechar balanços, então querem embarcar os estoques. Por outro lado, nas importações há um desaquecimento, porque há uma baixa atividade nos primeiros meses do ano. Então, dezembro deve continuar contribuindo positivamente para esse superavit”, destaca o subsecretário.
A consultora de comércio exterior da BMJ Consultores Associados, Mônica Rodríguez, também crê que 2022 deve fechar com resultados animadores, alavancados pelo fluxo maior de exportações.
“A previsão é que terminemos o ano com a balança fechando com saldo positivo, impulsionada pelo crescimento das exportações. O câmbio está favorável para o exportador brasileiro e isso ajuda bastante a chegar a um resultado positivo”, avalia Rodríguez. “Mesmo com as exportações para os EUA tendo sofrido queda, é possível destacar o crescimento das exportações brasileiras para Argentina, China e União Europeia”, comenta, ainda, a consultora.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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