O País tinha 9,022 milhões de desempregados no trimestre móvel terminado em outubro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a taxa de desemprego passou de 9,1% no trimestre móvel até julho para 8,3% no período de agosto a outubro.
O total de desocupados caiu 8,7% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior, com 860 mil pessoas a menos em busca de uma vaga. Em relação a igual trimestre móvel de 2021, o número de desempregados tombou 30,1%, com 3,884 milhões de pessoas a menos na fila do desemprego.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a queda no desemprego foi puxada pela geração de postos de trabalho, com o aumento da população ocupada. Com isso, a taxa de desemprego de 8,3% foi a menor para os trimestres móveis encerrados em outubro desde 2014, quando foi de 6,7%.
"Desde a metade do ano passado, temos, realmente, o registro forte da queda da desocupação", afirmou Beringuy, destacando o "avanço importante no processo de vacinação" contra covid-19 como elemento principal para motivar a virada no sentido da queda.
A vacinação, segundo a pesquisadora, permitiu uma maior normalidade no funcionamento dos negócios, inclusive nos "serviços presenciais".
Além disso, lembrou Beringuy, o trimestre móvel até outubro é marcado por um aumento, sazonal, na geração de vagas. Esse movimento, tradicional no mercado de trabalho brasileiro, é puxado pelos empregos temporários com vistas a atender o aumento da demanda provocado pelas festas de fim de ano. "O que temos agora é a soma de um processo que já vinha em curso, adicionando o aspecto sazonal, que é a entrada de outubro", afirmou Beringuy.
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