A arrecadação total do governo federal, com impostos, contribuições e demais receitas, atingiu em outubro o valor de R$ 205,4 bilhões, informou nesta terça-feira (29/11) a Secretaria da Receita Federal. O resultado representa um aumento real de 7,97%, ou seja, acima da inflação em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado de janeiro a outubro de 2022, segundo o Fisco, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,836 trilhão, uma alta de 9,35% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com a Receita, este é o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de outubro quanto para o acumulado.
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Em relação às receitas administradas pela Receita, o valor arrecadado, em outubro, foi de R$ 185,284 bilhões, um acréscimo real de 7,39%, já no período acumulado nos últimos 10 meses, a arrecadação totalizou R$ 1,71 trilhão, alta real de 7,62%.
Lucro das empresas
Esse crescimento pode ser justificado pelo crescimento de recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Ambos são importantes indicadores da atividade econômica.
IRPJ e CSLL alcançaram o montante de R$ 53,88 bilhões, com crescimento real de 13,01% em relação ao mesmo mês de 2021. Esse resultado é explicado pelo acréscimo real de 11,24% na arrecadação da estimativa mensal de empresas.
Também houve crescimento de 23,06% na arrecadação do balanço trimestral e de 10,50% do lucro presumido.
Destaque para o Imposto de Renda
Quanto ao Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital, a arrecadação do mês de outubro foi de R$ 6,56 bilhões em outubro de 2021, com acréscimo real de 57,16%. Enquanto o acumulado anual foi de R$ 69,52 bilhões, com alta real de 62,25%. Esses resultados podem ser explicados em razão da alta da Selic (taxa básica de juros), que influenciou os recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.
Segundo a Receita, os efeitos do processo de consolidação fiscal, bem como a implementação das reformas estruturais e microeconômicas para aumento da produtividade, também contribuem para o crescimento econômico sustentável de longo prazo.
“No geral, a arrecadação vem se comportando da mesma forma desde o início do ano, acompanhando o desempenho da atividade econômica. Em outubro, o destaque ficou por conta do Imposto de Renda, que este ano está se apresentando de uma maneira bastante extraordinária em termos de arrecadação”, explicou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.
Em seguida, segundo ele, está o comportamento das compensações tributárias. “A cada trimestre, essas compensações aparecem com um valor um pouco acima, o que é justamente a razão da forma de apuração do Imposto de Renda, da contribuição social, que é trimestral. As compensações acompanham também o crescimento da base que é acumulada a cada três meses”, completou Malaquias.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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