O protagonismo do Brasil na sustentabilidade dentro do agronegócio nos últimos anos foi um dos temas abordados pela coordenadora de sustentabilidade da Cargill, Caroline Holtz Rolim, que reforçou: o país é referência mundial dentro do setor. Ela destacou a legislação brasileira como “muito severa e completa” e também apontou a existência de grupos setoriais “muito organizados para discutir sustentabilidade”.
“A gente tem aqui um grupo muito capacitado, o grupo de excursão aqui é um bom exemplo disso, e a gente tem os cérebros ligados à sustentabilidade, que estão pensando em soluções nos lugares mais difíceis de se ter essas soluções e onde (se) tem mais oportunidades, ao mesmo tempo. Então eu acho que o Brasil está mostrando que é um polo exportador dessas soluções de inovação”, defendeu Caroline durante o CB Fórum Agro 4.0, promovido pelo Correio — em parceria com a ABDI.
Mesmo assim, a coordenadora lamenta o fato de existir pouca capacitação técnica e profissional voltada exclusivamente à sustentabilidade. Segundo Caroline, faltam universidades no país que tratem do assunto de maneira mais específica.
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“Hoje tem muita gente querendo trabalhar com sustentabilidade, mas não tem formação para isso, justamente porque, como eu falei, não tem uma formação, a gente vê ‘master’, a gente vê MBA, a gente vê especialização ligadas à sustentabilidade e o perfil dos alunos que estão fazendo essas especializações são os mais diversos possíveis”, abordou.
No entanto, Caroline já percebe uma mudança comportamental em empresas do setor do agronegócio para priorizar a inovação e, acima de tudo, a sustentabilidade dentro do ambiente do agro no Brasil.
“Eu lembro que, há menos de dez anos, as áreas de sustentabilidade, se existiam nas empresas, era uma pessoa ou duas (pessoas). Hoje em dia, todas as empresas do agro têm pelo menos um time de sustentabilidade e esse time está crescendo em uma velocidade maior do que todas as outras áreas. Essa é a sensação que eu tenho”, frisou.
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*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes