Fórum agro 4.0

Brasil precisa se adequar ao modelo de baixo carbono, diz assessora ABDI

O evento, realizado nesta quarta-feira (9/11), promovido pela ABDI em parceria com o Correio Braziliense, uniu entes do setor público e privado discutiram as próximas tendências e ações do ecossistema de inovação sobre tecnologias no agronegócio

Um dos principais produtores agrícolas de todo o mundo, o Brasil precisa se adequar a agricultura de baixo carbono para continuar sendo uma referência mundial no agronegócio, foi o que afirmou a assessora da presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) Marcela Carvalho, durante a abertura da segunda edição do CB Fórum Agro 4.0, realizado nesta quarta-feira (9/11).

“Quando a gente fala de sustentabilidade no agronegócio estamos falando da redução de cultivos agressivos, de redução de resíduos da produção e tratamento adequado, uso mais eficientes de recursos naturais e insumos da produção”, disse Marcela.

O evento, promovido pela ABDI em parceria com o Correio Braziliense, uniu entes do setor público e privado discutiram as próximas tendências e ações do ecossistema de inovação sobre tecnologias no agronegócio.

Como grande exportador de commodities agrícolas, a assessora da presidência da ABDI destacou a importância do setor contribuir com metas globais. “Muitos países hoje já tem barreiras contra a comercialização e compra de produtos que não garantam sustentabilidade, é preciso que produtores brasileiros estejam atentos a essas questões.”

A assessora da presidência da ABDI ainda lembrou que 30% das emissões de carbono no país vem da atividade agropecuária. Para ela, é preciso reverter essa lógica. “Se conseguirmos mudar um pouco esse sinal, de ao invés de liberar e emitir carbono, capturar carbono, o Brasil de fato tem potencial para ser uma grande liderança mundial no mercado de carbono”, concluiu.

Agenda tecnológica

O evento, transmitido pelas redes sociais do Correio Braziliense, contou com dois painéis, para debater a importância de se adotar as tecnologias 4.0, com o intuito de promover a sustentabilidade. Além dos debates sobre inovação, o projeto contempla editais para a seleção e premiação de projetos de tecnologias 4.0 envolvendo fazendas, cooperativas, agroindústrias, fornecedores e outras instituições.

A assessora lembrou a necessidade de implementar uma agenda tecnológica para adotar práticas mais sustentáveis no setor: “A gente acredita que a adoção da tecnologia pode ser também uma agenda levada pelo Brasil. Sustentabilidade e digitalização são temas que podem e devem ser aproveitados e incorporados nos processos produtivos de todas as cadeiras.”

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