Comércio

Impulsionado pela deflação, confiança do empresário do comércio sobe 0,7%

Índice apurado pela CNC, referente ao mês de outubro, revela otimismo maior do que o apurado antes da pandemia, após registros de deflação e transferências de renda ao consumidor

A confiança dos empresários do setor do comércio aumentou em outubro, em relação ao mês anterior. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou aumento de 0,7% e atingiu os 129,7 pontos, após dois meses de queda.

Se comparado ao mês de outubro de 2021, o índice revela um aumento ainda mais expressivo, de 8,8%. A avaliação feita entre os comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica do país também avançou 3,8% no mês passado.

“A combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional”, analisou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

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Confiança supera nível pré-pandemia

A alta em outubro também revela que a confiança está maior em relação à registrada antes da pandemia. Na comparação com março de 2020, quando começaram os lockdowns no país, o índice registrou aumento de 1,3 ponto. A CNC também revelou que há um otimismo maior entre os comerciantes da região Norte, onde o índice alcançou 141,4 pontos.

No entanto, a avaliação sobre as condições atuais do comércio, também apuradas pela CNC, teve queda de 0,4%. Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a deflação registrada desde julho no Brasil desafoga os rendimentos dos consumidores, mas não foi traduzida em bons resultados nas vendas de agosto.

“O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, pontuou.

Otimismo a curto prazo

A percepção dos comerciantes é de que haja maior movimentação no comércio com a proximidade da Black Friday e das festas de fim de ano. Além disso, a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 20 de novembro, promete alavancar os resultados do setor nos dois últimos meses de 2022.

Segundo a CNC, a perspectiva para o comércio a curto prazo avançou 0,6% e atingiu 160,9 pontos, o que representa a maior pontuação desde março de 2020. A entidade também prevê um aumento de 4,5% na contratação de novos empregados dentro do setor.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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