ECONOMIA

Carlos Melles é reeleito presidente do Sebrae Nacional

Novo mandato vai de 2023 a 2026. José Zeferino Pedrozo assume o Conselho Deliberativo, substituindo José Roberto Tadros

Natasha Werneck
postado em 30/11/2022 03:00
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Nacional) elegeu ontem os novos dirigentes da diretoria executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal para o quadriênio 2023-2026. José Zeferino Pedrozo foi eleito presidente do Conselho Deliberativo do Nacional (CDN). Ele substituirá José Roberto Tadros, que é também atual presidente da Confederação Nacional do Comércio.

Para a diretoria executiva, Carlos do Carmo Andrade Melles, que estava concorrendo em chapa única, foi reconduzido a diretor presidente da instituição. Junto a ele também foi eleito o diretor técnico Bruno Quick Lourenço de Lima e, como diretora de Administração e Finanças, Margarete de Castro Coelho. As definições aconteceram durante reunião extraordinária do CDN, em Brasília.

Já o Conselho Fiscal do Sebrae Nacional para o período será composto por: Aristides Mossambani (Conampe), Luís Afonso Bermudez (Anprotec), Marcelo dos Santos Lima (Banco do Brasil), Marcos Brasiliano Rosa (Caixa).

Como suplentes, estão Miguel Haum Elian (Finep), Paulo de Oliveira Costa (Abde), Raimunda Rodrigues de Lima (Comicro), Sérgio Benedito Ferrara (CNC), Valmir Rodrigues da Silva (CACB).

Trajetórias profissionais

Atual presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles é natural de São Sebastião do Paraíso (MG). Sua carreira soma seis mandatos como deputado federal. Como figura pública, também foi ministro do Esporte e Turismo e secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais.

Bruno Quick, que já ocupa o cargo de diretor técnico do Sebrae Nacional, tem longa trajetória na instituição, onde já atuou também como gerente da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial.

Quick é engenheiro civil e especialista em Políticas Públicas pela Unicamp. Por sua vez, Margarete de Castro Coelho é deputada federal pelo PP/PI, é advogada e especialista em direito eleitoral, constitucional e processual. Nascida em São Raimundo Nonato (PI), foi a primeira mulher a se tornar vice-governadora do Piauí.

José Zeferino Pedrozo, novo presidente do CDN, é administrador e agropecuarista, natural de Campos Novos (SC). Vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), preside a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC). Também já foi vereador em sua terra natal e deputado estadual.

Crescimento

Em entrevista ao Estado de Minas, em fevereiro deste ano, Carlos Melles avaliou as perspectivas para o empreendedorismo no país e apontou que a expectativa é de crescimento do setor.

"Historicamente, os pequenos negócios são os principais geradores de emprego no país e essa é uma tendência que deverá se manter. Apesar de os dados de geração de empregos pelos pequenos negócios em 2021 ainda não estarem fechados, podemos afirmar que mais de 70% das vagas foram criadas pelo segmento", apontou o presidente do Sebrae, na época.

Ele ainda citou o impacto disso com base na pandemia. "Ao mesmo tempo em que a pandemia forçou muitas pessoas a irem para o empreendedorismo por necessidade, ela também estimulou a busca desse meio de vida por oportunidade. O ambiente de negócios no país tem melhorado e abrir uma empresa tem ficado cada vez mais rápido e menos oneroso. Nos últimos anos, presenciamos um crescimento recorde do empreendedorismo no Brasil. São mais de 20 milhões de empreendedores, que representam 99% das empresas brasileiras e são responsáveis por quase 30% do PIB brasileiro. E esse número vai crescer", ressaltou.

"De acordo com o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizado no Brasil pela parceria entre Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), a taxa de empreendedorismo potencial, composta por cidadãos que não têm um negócio, mas pretendem abrir uma empresa em até três anos, teve incremento de 75%, passando de 30%, em 2019, para 53%, em 2020. A pesquisa fez uma estimativa de que 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem querem abrir um negócio. Desse total, 1/3 teria sido motivado pela pandemia, mas os outros dois terços não", completou Carlos.

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