A prévia da inflação de novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), acelerou para 0,53%, puxada pelos alimentos. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (24/11), o indicador ficou 0,16% acima do resultado de outubro. No ano, o índice acumula alta de 5,35% e de 6,17% nos últimos 12 meses, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro, com exceção de Comunicação, que apresentou estabilidade. Os maiores impactos da alta de novembro vieram dos grupos de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%). Em seguida aparece o grupo Transportes, que, após a queda em outubro, voltou a registrar alta de 0,49% em novembro.
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A alta do grupo Alimentação e bebidas foi influenciada pelos alimentos para consumo no domicílio. Os aumentos nos preços do tomate (17,79%), da cebola (13,79%) e da batata-inglesa (8,99%) foram os mais expressivos. Houve ainda uma subida de 3,49% nos preços das frutas. No grupo Saúde e cuidados pessoais, os destaques foram os itens de higiene pessoal (1,76%), principalmente os produtos para pele (6,68%) e os planos de saúde (1,21%).
Alta dos combustíveis
Após cinco meses consecutivos de quedas, os combustíveis voltaram a ter variação positiva de 2,04%, afetando o grupo de Transportes. Se em outubro os preços da gasolina recuaram 5,92%, em novembro subiram 1,67%, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês. Os preços das passagens aéreas caíram 9,48% em novembro. No mês anterior, a alta foi de 28,17%. Por esse motivo, as passagens aéreas contribuíram com o impacto negativo mais forte no índice no mês de novembro. Transportes por aplicativo (-1,04%) e automóveis usados (-0,82%) também se destacaram.
A aceleração do grupo Habitação é resultado, principalmente, das altas do aluguel residencial (0,83%) e da energia elétrica (0,44%). No que diz respeito à energia elétrica, as variações das áreas foram desde -0,63%, em Belém, até 7,44%, em Brasília, onde houve reajuste de 21,54% nas tarifas para os clientes residenciais de baixa tensão, a partir de 3 de novembro.
Todas as regiões pesquisadas tiveram variações positivas. As maiores ocorreram em Recife (0,78%), onde houve alta de 4,97% nos preços da gasolina (4,97%), e em Brasília (0,78%), onde pesou o aumento da energia elétrica (7,44%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (0,11%), em função das quedas nos preços das carnes (-3,05%) e das passagens aéreas (-8,27%).
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