O dia Mundial do Empreendedorismo Feminino é comemorado hoje. A data foi criada em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar o protagonismo das mulheres nos negócios. A iniciativa liderada pela ONU Mulheres reúne mais de 150 países, empresas e instituições em busca de apoio às empreendedoras contra a desigualdade salarial no ambiente corporativo.
No Brasil, estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostrou que o empreendedorismo feminino apresentou sinais de recuperação no último trimestre de 2021, depois de sofrer retração durante os primeiros meses da pandemia de covid-19. O estudo, realizado com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), apontou que, após recuar para um total de 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no país fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões, mesmo resultado registrado nos últimos três meses de 2019, período anterior à pandemia.
Se, por um lado, esses números indicam uma retomada, a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil (34%) ainda está um pouco abaixo da melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2019, quando elas representavam 34,8% do total.
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Tecnologias
Uma das saídas encontradas pelas empreendedoras é apostar em inovação. A CEO do KOY Inteligência Jurídica, Karla Capela, por exemplo, identificou no setor jurídico uma carência em um momento em que o mercado passava por grande transformação tecnológica e, consequentemente, uma lacuna que seria preenchida através de uma tecnologia de inteligência artificial (IA) criada por ela.
Karla entendeu que precisava de um sistema ágil, porém eficiente, interativo e de fácil manuseio que entregasse todos os dados de forma integrada, e que os encerramentos dos processos fossem automáticos e rápidos. Tudo isso com uma leitura rápida e estruturada dos dados, gerando análise com orientação e providências em uma base em que a avaliação humana é inviável. Foi quando percebeu que sua proposta era inédita no mundo do direito.
"A tecnologia era um desafio para mim, mas enxerguei ali a oportunidade de fazer diferente para alcançar novos resultados. O KOY me ensinou a usar meus pontos fracos como vantagem competitiva, tendo como força motriz a paixão pelo direito e a vontade de ajudar as pessoas", disse Karla Capela.
ERRATA: No impresso foi publicado que o Koy atende advogados, magistrados e procuradores, quando na verdade essa informação não é verdadeira, a Startup atende apenas jurídicos corporativos.
Mulheres no campo
Não é só no direito que as mulheres se destacam nos negócios. A administradora de empresas Denise Nakid comanda, ao lado do irmão, Jorge, uma das maiores produtoras de laticínios derivados do leite de búfala, a Levitare. A empresa que fica no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, comercializa mais de 100 toneladas de queijo por mês e conta com os serviços de, aproximadamente, 200 micro produtores, impactando direta e indiretamente a vida de cerca de 5 mil pessoas da região.
"O respeito aos nossos colaboradores e seus familiares é um dos alicerces da Levitare. Alguns residem na vila dentro da propriedade e todos recebem treinamento. Aqueles que trabalham diretamente com a produção recebem treinamento técnico do nosso consultor italiano. Alguns colaboradores viajam até a região de Caserta, na Itália, terra da melhor "mozzarella di bufala" para presenciarem in loco as melhores práticas e técnicas de produção de queijos finos", explicou Denise Nakid.
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