O gerente da unidade de difusão de tecnologias da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Bruno Jorge Soares, explicou que a questão da entidade com os ecossistemas é antiga e remete à própria visão da inovação.
“Em um primeiro momento, a gente pensava na inovação como um processo individual das empresas, depois passou por um processo aberto com outras empresas e hoje ele tem que ser coletivo”, disse Soares.
Segundo o especialista, os projetos da associação evoluíram de projetos específicos, como aqueles para a propriedade e agroindústrias, para projetos que mudem para ecossistemas. “E o ecossistema é formado tanto pelos usuários da tecnologias, os produtores, quanto pelos provedores de tecnologias e instituições também facilitadoras deste diálogo”, explicou.
Soares participou nesta quarta-feira (9/11) da segunda edição do CB Fórum Agro 4.0, evento promovido promovido pela ABDI em parceria com o Correio Braziliense. A iniciativa reúne entes do setor público e privado para discutir as próximas tendências e ações do ecossistema de inovação sobre tecnologias no agronegócio.
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O gerente apontou ainda ser dificil dimensionar quantos ecossistemas há no país. “A gente tenta tirar fotos na ABDI deste cenário, mas cada vez que a gente revela a foto esse cenário já está impreciso”, observou.
Preço dos insumos
Para Bruno Jorge Soares, contudo, um fator importante sobre os ecossistemas é de que há uma pressão na agricultura pelos insumos, pela questão dos preços dos produtos. “E isso tem a ver com os dados que vão formar preços, e formar os preços destes insumos. Hoje, quando a gente precifica um seguro, uma solução de seguro ou de financiamento, para o setor de agro, para uma propriedade rural, muitas vezes têm dados que não têm uma acurácia e que poderiam ser melhorados, por exemplo, se tivessem sensores da produção, da planta”, avaliou.
Ainda segundo o gerente da unidade de difusão de tecnologias da ABDI, organizar ecossistemas em torno desses dados, e da estrutura de governança em torno desses dados, é uma das prioridades para a entidade. “Esses dados da produção ajudam a formar os preços de commodities, ajudam a direcionar investimentos de tecnologia. Uma discussão sobre esses dados, em torno desses dados de governança, é uma das principais ações.”
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