Mesmo com a diminuição dos bloqueios ilegais nas rodovias do país, o desabastecimento começou a ser registrado em postos de combustíveis do Distrito Federal e em empresas do varejo de alimentos. Vários postos de abastecimento no DF estão com falta de produtos como etanol e gasolina. Mas a interdição das estadas não afetou apenas os combustíveis, pois muitos dos caminhões retidos transportam medicamentos, alimentos e produtos em geral.
O McDonald's da 507 norte, em Brasília, colocou aviso aos clientes na porta da loja, ontem, informando que, "alguns ingredientes e até mesmo produtos do nosso cardápio estão em falta". Procurada, a direção da rede encaminhou ao Correio nota em que praticamente repete os termos da nota fixada na porta de algumas unidades.
No caso dos combustíveis, o atraso na entrega dos produtos provocou o fechamento de alguns postos. "A situação está complicada. Vários postos Shell estão fechados, devido à falta de produtos; o BR nesta quinta-feira está pior que no dia anterior, porém ainda há alguns combustíveis, e o Ipiranga está com menos problemas de desabastecimento", afirmou Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis/DF.
Segundo Tavares, no início da semana já havia dificuldades de trânsito para o DF dos caminhões que transportam etanol anidro — que compõe a gasolina em 27%. "A situação deve ser estabilizada apenas na segunda-feira", disse.
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Estoques
No posto Shell da 114 Sul, a informação dada ao Correio foi de que haviam acabado os estoques de gasolina comum, de aditivada, e que o estabelecimento tinha apenas 5 mil litros de etanol. "A distribuidora avisou que estavam aguardando o etanol chegar para misturar à gasolina. Mas até o momento não temos noticias", disse o gerente, que preferiu não se identificar. Já no posto BR da 202 Sul, a falta é de gasolina aditivada, e no posto BR da 206 sul acabou o álcool.
Houve comentários de consumidores de que postos em cidades satélites, como Sobradinho e Ceilândia, também fecharam por falta de gasolina e álcool.
Segundo o presidente e CEO Fundador da Korsa, James Theodoro, se as manifestações se mantivessem a nível nacional, haveria desabastecimento em todos os estados. "Existem grandes riscos envolvidos, principalmente se levarmos em conta as cidades onde estão ocorrendo as paralisações, que podem vir a afetar o restante do país. Entre as consequências, o aumento da inflação, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) e a perda do mercado internacional são as mais alarmantes", afirmou.
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