O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o teto de gastos foi “muito mal construído” e se defendeu das críticas ao furo da âncora fiscal, que seriam uma “má percepção do que aconteceu”. Ele participou nesta quarta-feira (19/10) da abertura do Brasil Export, evento promovido por entidades dos setores portuário e de logística.
Guedes admitiu que o teto de gastos foi ultrapassado para reduzir a participação do governo federal, por meio da transferência de recursos para estados e municípios. O ministro ainda afirmou que a regra fiscal tem um “espírito para corrigir a hipertrofia do Estado”.
Otimismo
Durante o evento, Guedes voltou a criticar as revisões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o ministro, o Brasil está no início de um longo ciclo de crescimento, ao contrário da economia mundial, que está no final.
“Se continuarmos no caminho da prosperidade o Brasil vai crescer 3%, 3,5%, 4% por 10 anos seguidos, já está contratado”, disse. Ele afirmou também que subestimaram a democracia brasileira. “Estou absolutamente otimista a respeito do futuro do Brasil”, acrescentou.
"Tem gente sonhando em voltar à mediocridade"
O ministro criticou ainda o intervencionismo estatal e disse que “vem todo mundo para Brasília pedir favor em uma economia dirigista”, defendendo o modelo de economia de mercado, em que, segundo ele, o consumo é o principal indutor.
Em alusão às eleições, Guedes afirmou que o Brasil está em um momento decisivo e que quem “fala de picanha e cerveja" não têm noção dos dados negativos na educação e no crescimento do país no passado. “Estamos saindo com uma dinâmica de crescimento próprio garantida, e tem gente sonhando em voltar à mediocridade anterior.”
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