O volume de vendas do comércio varejista apresentou queda de 0,1% no mês de agosto, registrando estabilidade em relação ao mês anterior. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados nesta sexta-feira (7/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o terceiro mês consecutivo de taxa negativa no campo, período em que acumulou perda de 2,5%. Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 1,6%. No ano, o setor acumulou aumento de 0,5%, e, nos últimos 12 meses, queda de 1,4%.
No comércio varejista ampliado — que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção — o volume de vendas em julho caiu 0,6% frente a julho e 0,7% contra agosto de 2021. De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado de agosto posiciona o comércio no menor patamar do ano de 2022.
Ainda em termos de patamar, o volume de vendas do comércio se encontra 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 5,2% abaixo do ponto mais alto da série, em outubro de 2020. “A trajetória da PMC depois da pandemia ainda é bem volátil”, explicou Santos.
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No resultado de agosto contra julho, cinco das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo: Tecidos, vestuário e calçados (13,0%), Combustíveis e lubrificantes (3,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%). Já as atividades com variações no campo negativo foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%).
Ainda segundo o gerente da pesquisa, outras duas atividades que caíram — Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e Outros artigos de uso pessoal e doméstico — têm ganhado relevância na análise dos resultados, devido aos resultados negativos nos últimos meses.
O gerente da pesquisa destacou a atividade de Combustíveis e lubrificantes, que cresceu 3,6%, após uma alta de 12,6% em julho. “A redução nos preços dos combustíveis levou a receita nominal a uma queda de 4,5%, mas que foi compensada com um rebatimento de 3,6% no volume. Em julho esse rebatimento foi maior, porque a redução nos preços também foi maior”, disse.
Este é o segundo dado no campo negativo divulgado pelo IBGE nesta semana. A produção industrial também registrou queda de 0,6% na passagem de julho para agosto, eliminando o avanço de que havia registrado no mês anterior. Com esses resultados, o setor ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia.
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