O dólar opera em alta forte na manhã desta sexta-feira (28/10) em meio cautela externa com balanços corporativos e novos lockdowns na China no radar, além de incertezas às vésperas da eleição presidencial no Brasil neste domingo.
O ajuste no câmbio acompanha a valorização externa do dólar e dos retornos dos Treasuries em meio a quedas nas bolsas internacionais com balanços e dados que desagradaram e também dos preços do petróleo por preocupações com a demanda chinesa. As bolsas europeias e o euro aceleraram perdas levemente, após os últimos dados de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha, que vieram acima das expectativas.
Os investidores estão à espera de indicadores de inflação dos EUA para calibrar as apostas recentes de desaceleração no aperto de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
A demanda defensiva pela moeda americana no mercado local precifica também dúvidas sobre o que esperar do último debate entre os candidatos ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será promovido pela TV Globo hoje à noite (21h30).
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Mais cedo, o IGP-M de outubro trouxe uma deflação maior que a mediana esperada pelo mercado. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,97% em outubro, após queda de 0,95% em setembro. A retração foi maior do que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de recuo de 0,77%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M arrefeceu de 8,25% para 6,52%, abaixo da estimativa intermediária do levantamento, de 6,73%.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,6 pontos na passagem de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal, para 99,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,6 ponto.
Na Rússia, o Banco Central decidiu manter sua taxa básica de juros em 7,5% nesta sexta-feira, interrompendo uma sequência de agressivos cortes que tiveram início no começo de abril e que levaram os custos de empréstimo no país a níveis mais baixos do que os vistos antes do início da guerra na Ucrânia, em fevereiro deste ano. Antes do início do conflito, a taxa básica de juros era de 9,5%, e foi aumentada a 20% logo após a invasão russa, para conter o derretimento do rublo. Desde abril, o BC da Rússia realizou seis cortes de juros.
Às 9h16 desta sexta, o dólar à vista subia 0,89%, a R$ 5,3540, após atingir máxima a R$ 5,3830. O dólar novembro ganhava 0,37%, a R$ 5,3550.
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