A arrecadação de impostos federais registrou alta real (descontada a inflação) de 4,07% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a R$ 166,287 bilhões. Segundo os dados, divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (25/10), com o desempenho do mês passado, o recolhimento nos nove primeiros meses do ano atingiu a marca de R$ 1,630 trilhão, alta real de 9,52% contra o mesmo período de 2021.
Tanto o resultado de setembro quanto o acumulado no ano são os maiores da série histórica, com início em 1995. Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 11,53% em setembro contra o mesmo mês do ano passado.
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De acordo com a Receita, o desempenho da arrecadação está sendo marcado pelas receitas com Imposto de Renda e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), o que é ligado à produção maior e também à alta de preços. No acumulado do ano, esse "recolhimento atípico" apontado pela Receita Federal atingiu a marca dos R$ 37 bilhões, contra R$ 31 bilhões no mesmo período do ano passado.
Somente as receitas administradas pela Receita Federal, tiveram alta real de 2,65% no mês passado, somando R$ 159,603 bilhões, na comparação com o mesmo mês de 2021. A alta nominal foi de 10,01%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,531 trilhão, alta real de 7,64% e nominal de 18,83%.
Já a receita própria de outros órgãos federais, onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo, foi de R$ 6,684 bilhões no mês passado, alta real de 54,98% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em termos nominais, as receitas subiram 66,09% em relação ao mesmo mês do ano passado, e no ano somou R$ 99,742 bilhões, o que corresponde a alta real de 49,56% contra o mesmo período de 2021.
Desonerações
O governo federal deixou de arrecadar R$ 102,959 bilhões nos nove primeiros meses deste ano por causa de desonerações tributárias, segundo a Receita Federal. O governo lembrou que foram reduzidos tributos sobre combustíveis e sobre produtos industriais neste ano. Somente em setembro, o corte de impostos sobre combustíveis gerou uma perda de R$ 3,75 bilhões, e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de outros R$ 1,9 bilhão. No ano, a perda de receita dos cortes de tributos sobre combustíveis e produtos industriais somou R$ 26,1 bilhões.
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