A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que o comércio global deverá crescer apenas 1% em 2023, o que representa uma desaceleração em comparação à previsão de 2022, de 3,5% — previsão que anteriormente estava em 3%. A OMC também previu que o PIB mundial a taxas de câmbio do mercado aumentará 2,8% em 2022 e 2,3%, em 2023.
Segundo documento publicado nesta quarta-feira (5/10), as crises da economia global são responsáveis por essa desaceleração. Entre elas estão a guerra da Ucrânia, que vem resultando na alta dos preços da energia após sanções à Rússia, o aperto da política monetária para o controle da inflação por parte do Federal Reserve — o que deverá influenciar gastos como habitação, veículos e investimentos fixos — e os contínuos surtos de covid-19 na China.
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Em comparação, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que manteve sua previsão em 3% para 2022, anunciou recentemente que espera um crescimento de 2,2% no próximo ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, espera um crescimento de 3,2% neste ano e de 2,9% em 2023. Se as previsões atuais da instituição se confirmarem, o crescimento do comércio vai desacelerar drasticamente em 2023, mas continuará positivo.
O órgão sediado em Genebra indicou que os preços da energia subiram 78% em agosto, em relação ao ano anterior, enquanto os valores dos alimentos subiram 11%, os grãos subiram 15% e os fertilizantes subiram 60%.
Bens e serviços
Diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala explicou que precisamos de uma base mais profunda, mais diversificada e menos concentrada para a produção de bens e serviços. "Também devemos impulsionar o crescimento econômico. Isso contribuirá para a resiliência da oferta e a estabilidade de preços de longo prazo, mitigando a exposição a eventos climáticos extremos e outras interrupções", disse.
Em 2022, segundo a OMS, o maior crescimento esperado será no Oriente Médio, com um aumento do volume de comércio em 14,6% nas exportações e 11,1%, nas importações.
A diretora-geral da OMC alertou ainda que é uma resposta tentadora recorrer a restrições comerciais para combater a vulnerabilidade da oferta. "Uma redução das cadeias de suprimentos globais só aprofundará as pressões inflacionárias, levando a um crescimento econômico mais lento e à redução dos padrões de vida ao longo do tempo", disse ela em comunicado.
Segundo Okonjo-Iweala, o que o mundo precisa é de uma base mais diversificada e menos concentrada para a produção de bens e serviços, que deve impulsionar o crescimento, aumentar a resiliência e promover a estabilidade de preços a longo prazo, mitigando a exposição a eventos climáticos extremos e perturbações locais. (Com informações da Agência Estado)
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