A produção industrial registrou queda de 0,6% em agosto, eliminando o avanço registrado no mês anterior. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (5/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia e 17,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 2,8%. No ano, a indústria acumula queda de 1,3% e em 12 meses, de 2,7%. Entre as atividades, a maior influência negativa para o resultado do mês frente ao mês anterior veio do setor coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%), que voltou a recuar após crescer 1,8% no mês anterior.
“Houve uma perda disseminada entre os produtos desse ramo industrial, com redução na produção de óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina, álcool, entre outros. Mas essa atividade, em comparações mais alongadas, mostra um comportamento positivo. Ou seja, esse comportamento de queda de agosto é algo mais pontual”, observou o gerente da pesquisa, André Macedo.
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Outras contribuições negativas vieram das indústrias de produtos alimentícios (-2,6%), interrompendo três meses seguidos de alta, período em que acumulou crescimento de 6,0%, e da indústrias extrativas (-3,6%), que eliminam assim parte do avanço de 4,6% acumulado em junho e julho.
Entre as 18 atividades com expansão na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%), máquinas e equipamentos (12,4%) e outros produtos químicos (9,4%) exerceram os principais impactos.
Compensação
Segundo o gerente da pesquisa, essas atividades tiveram quedas no mês passado e estão fazendo agora uma compensação desses recuos. “Com esses resultados, o setor industrial ainda não recupera as perdas do passado recente e, apesar da melhora no fluxo de insumos, matérias-primas e dos estoques, a situação permanece ainda distante da normalidade, o que afeta diretamente o custo de produção”, analisou Macedo.
Pelo lado da demanda doméstica, o pesquisador também ressalta que, apesar das medidas de incremento de renda, as famílias continuam sendo afetadas negativamente por juros e inflação em patamares elevados. “Isso aumenta os custos de créditos, diminui a renda disponível e faz com que as taxas de inadimplência fiquem em níveis mais elevados”, acrescentou o pesquisador.
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