ECONOMIA

Empresários propõe nova CPMF para desonerar a folha de pagamento

Propostas apresentada pela Confederação Nacional de Serviços prevê uma alíquota de 0,74% como forma de compensar o fim da contribuição patronal com a previdência

São Paulo - Em evento sobre a desoneração da folha de pagamento realizado na tarde desta quinta-feira (1º/9), pelo Instituto Unidos Brasil - grupo de empresários que reúne apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e outros participantes – o presidente da Confederação Nacional dos Serviços, Luigi Nesse, apresentou uma proposta que zera a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento. Como alternativa para o financiamento da Previdência Social, para Nesse, seria criado um novo imposto sobre movimentações financeiras com uma alíquota de 0,74%, nos mesmo moldes da extinta CPMF, mas com uma alíquota quase em dobro da antiga contribuição que era de 0,38%.

A proposta prevê além da extinção da contribuição patronal para a Previdência Social, que hoje é de 20% sobre o valor da folha de pagamento, uma redução de 3 pontos percentuais para a contribuição do empregado, e o fim das contribuições ao Incra e de Salário Educação. Hoje a participação do empresário é de 20% enquanto a do trabalhador varia entre 7,5% e 14% que acordo com o valor do salário.

O fórum contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, e foi marcado pelo entusiasmo da plateia com Guedes e pela presença de candidatos ao parlamento de partidos da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O evento, que teve um custo de participação de R$ 10 mil por cada mesa de sete pessoas, estava concorrido e começou com a apresentação de uma versão do hino nacional cantado ao vivo e um pedido de silêncio pela “ameaça à liberdade de expressão” em referência as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigações dos empresários bolsonaristas que discutiam uma ruptura democrática em grupos de WhatsApp.

No encerramento foi lido e entregue ao ministro um manifesto dos empresários que, genericamente, pede uma “efetiva redução do Custo Brasil”.

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