Os preços no setor industrial em agosto registraram queda de 3,11% em relação a julho, na maior variação negativa do Índice de Preços ao Produtor (IPP) desde o início da série histórica em 2014. Segundo os dados, divulgados nesta quarta-feira (28/9) pelo Instituto Brasiliero de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado no ano chegou a 7,91% e o acumulado em 12 meses foi 12,16%.
Em agosto, das 24 atividades investigadas, 16 apresentaram queda. Os quatro setores com maiores variações, em termos absolutos, foram: indústrias extrativas (-14,18%); refino de petróleo e biocombustíveis (-6,99%); metalurgia (-3,91%); e alimentos (-3,74%).
Segundo o gerente do IPP, Alexandre Brandão, a redução pode ser atribuída em parte pela apreciação real frente ao dólar em agosto, que impacta negativamente tanto os preços das importações quanto os das exportações. Outro efeito é a redução dos preços do óleo bruto de petróleo e do minério de ferro no mercado externo.
“A queda do óleo bruto de petróleo terá efeito direto no refino e em outros produtos químicos; além dos efeitos indiretos em outras cadeias com a queda nos preços dos combustíveis. Já o minério de ferro, quando os preços caem, afeta os setores de metalurgia, particularmente siderurgia, que, por sua vez, alcançará setores como os de produção de veículos e eletrodomésticos”, avaliou Brandão, que ressaltou como esses produtos têm um efeito em cascata em boa parte da indústria.
O IPP das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
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