A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira (27/9), traz uma nova expectativa de inflação para 2022. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano deve ser registrado em 5,8%. Na ata da penúltima reunião, o grupo havia projetado uma inflação em 6,8% para o período.
Para este ano, o Copom julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual. No cenário de referência, o documento projetou o IPCA de 2023 em 4,6% e para 2024, em 2,8%.
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Manter a taxa básica de juros
Atualmente, o horizonte relevante do Copom inclui os anos de 2023 e, em menor grau, de 2024, mas o BC optou por dar ênfase ao primeiro trimestre de 2024, cuja projeção é de 3,5% em 12 meses, para eliminar ruídos relacionados às desonerações tributárias adotadas este ano.
"O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários”, diz a ata.
Após dois dias de reunião na última semana, o Copom decidiu por manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. A decisão não foi unânime, dois membros do comitê votaram para elevar a taxa em 0,25 ponto percentual.
No documento, o BC ainda aponta que "se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação". Também alerta que "não hesitará" em retomar o ciclo de alta caso a desinflação não ocorra como esperado.
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