CENÁRIO ECONÔMICO

Guedes diz que Selic é 'freio de mão puxado' e fala em alta de 4% no PIB

O ministro da Economia disse que o PIB do país pode crescer em até 4%. O Copom manteve a taxa básica em 13,75%

Agência Estado
postado em 26/09/2022 19:44 / atualizado em 26/09/2022 19:46
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (26/9) que a taxa Selic este ano é "freio de mão puxado" e estimou que o País pode ter crescimento de até 4% no Produto Interno Bruto (PIB), mesmo com uma política de aperto monetário. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica em 13,75%, interrompendo o ciclo de 12 altas seguidas da taxa.

"A Selic este ano é freio de mão puxado. Preferimos crescer mais moderado, mas com equilíbrio fiscal. O fiscal está forte, a política monetária a mesma coisa. Com o freio de mão puxado, vamos crescer 3,5% a 4% (do PIB)", disse o ministro ao participar do evento Perspectivas para a Economia Brasileira, organizado pelo Fórum Empresarial da Bahia, em Salvador.

Guedes ainda provocou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Como o Brasil não vai crescer? Só não cresce se a gente colocar lá um saci-pererê, que só pula com a perninha esquerda", afirmou, arrancando risos da plateia.

O ministro voltou a dizer ainda que o presidente Jair Bolsonaro pretende extinguir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), caso se reeleja. "O IPI é imposto desindustrialização em massa", criticou.

Em mais uma fala com tom eleitoral, Guedes acusou a oposição de fazer militância e de tentar boicotar o governo federal. "Nosso governo foi atacado de manhã, de tarde e de noite, 3 anos e meio. É a crise de abstenção de quem não está no poder, depois de 30 anos no poder", afirmou.

Ao defender que fez mudanças na estrutura da economia brasileira, ele disse que este é o primeiro governo a passar por uma eleição com Banco Central independente e negou que Bolsonaro seja populista. "Nosso governo é popular."

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