Os carros híbridos e elétricos vêm ganhando espaço nas estradas. Segundo uma pesquisa realizada pela Tupinambá Energia, 58% dos brasileiros que desejam adquirir um carro têm interesse em possuir um veículo movido a eletricidade.
Para o CEO da Tupinambá, Davi Bertoncello, responsável pela pesquisa, mesmo com os preços ainda elevados de veículos híbridos e elétricos no Brasil, o consumidor começa a perceber que os custos da manutenção e de combustíveis dos carros a combustão podem pesar na decisão de escolha.
“O carro elétrico mais barato do mercado já está na faixa de R$ 150 mil. Pensando que o carro popular, por exemplo, um Gol, está na faixa de R$ 90, 95 mil, essa diferença de valor já é uma diferença que, mesmo ainda sendo sensível, implica em dois componentes importantes. Primeiro, o preço do combustível versus o preço da energia, o proprietário de veículo gasta, em média, seis vezes menos. Segundo, a manutenção, pois o carro elétrico tem 80% menos peças”, ressaltou o CEO.
Lançado em junho, o Caoa Chery iCar é um dos carros elétricos mais baratos do mercado, sendo vendido a partir de R$ 140 mil.
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Perfil
O levantamento indica ainda que o público feminino possui maior desejo em possuir um veículo do gênero (57%), na comparação com os homens (43%). Também há predominância entre os cidadãos de renda (35%) e escolaridade mais alta (39%). Ao todo, 1.680 participaram da entrevista, realizada entre julho e agosto deste ano em 14 grandes centros urbanos do país.
Para o empresário Yann Cunha, 31 anos, que possui um carro híbrido há mais de dois anos, a satisfação em pagar menos pelo combustível é evidente, embora ainda haja custos para manter o veículo em dia. “Como ele é híbrido, ele ainda tem os mesmos custos de manutenção de um carro normal, diferentemente do elétrico, mas estou bem satisfeito com o custo dele. Só não opto por um carro elétrico ainda porque, no Brasil, eu não consigo fazer uma viagem normal com segurança”, disse.
Sustentabilidade
Entre os motivos apontados pelos consumidores que participaram da pesquisa, o principal é o custo da recarga. Já a questão da sustentabilidade aparece como o segundo fator mais citado. Segundo o CEO Davi Bertoncello, a opção é acertada, visto que esses veículos têm pouca emissão de poluentes e, no caso do elétrico, a emissão é zero.
“O carro elétrico não tem emissão (de poluentes). Ele é zero emissão. Todo o processo de um carro elétrico, relacionado às emissões, acontece durante a produção da bateria de lítio. Mas, claro, a comparação entre o processo produtivo de uma bateria de lítio e a vida útil do carro com combustão não está nem na mesma página. Um carro elétrico, principalmente no Brasil, que tem fonte elétrica verde em grande escala, tem um impacto ambiental muito reduzido”, ressaltou.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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