O consumo de internet nos lares brasileiros está cada vez maior, como indica a PNAD Contínua "Acesso à Internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal". O estudo, divulgado nesta sexta-feira (16/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 90% dos domicílios do país possuem acesso à rede, o que indica um aumento de 6 pontos percentuais em comparação a 2019, quando a abrangência era de 84%.
O uso de celulares e dispositivos móveis é, de longe, a maneira mais comum dos brasileiros para ter acesso à rede. Para 99,5% dos entrevistados que afirmaram acessar à internet, o uso do telefone móvel foi citado.
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Outro dado relevante é que a televisão passou a ser mais utilizada para o acesso à internet do que os microcomputadores pessoais. Enquanto o acesso pela TV teve alta de 12,1 pontos em relação a 2019 e atingiu 44,4%, o de computadores teve queda de 3 pontos percentuais, e saiu de 45,2%, há três anos, para 42,2% em 2021.
“Entre 2019 e 2021, houve queda do acesso à internet por microcomputador e tablet, mas já observamos o aumento do acesso por meio da televisão em mais de 10 pontos percentuais. [...] O rendimento desses domicílios foi maior entre os que utilizavam tablet, R$ 3 mil; ante R$ 2.296 dos que utilizavam microcomputador, R$ 1.985 para os que acessam via TV e o menor rendimento, R$ 1.480, é dos que acessam com telefone celular”, afirma a analista da pesquisa, Flávia Vinhaes.
Além disso, o uso de banda larga fixa superou o da rede móvel pela primeira vez. Enquanto a primeira teve aumento de 78,0% para 83,5%, a segunda caiu de 81,2% para 79,2% nos últimos três anos. “O aumento do uso da banda larga fixa pode estar relacionado à pandemia, período em que as pessoas tiveram de manter o isolamento, ficando em casa, o que fez com que a banda larga móvel fosse menos utilizada”, avalia a analista.
Menos tevês em casa
O estudo também indica que houve queda percentual de 96,2% para 95,5% nos lares brasileiros que possuem pelo menos um aparelho de televisão, embora, nos números absolutos, houvesse aumento de 68,4 milhões para 69,6 milhões de domicílios com tevê.
Além disso, o rendimento real médio per capita nos domicílios em que havia televisão (R$ 1.453) equivalia a quase duas vezes a média dos domicílios sem o aparelho (R$ 830).
O IBGE também destaca que o uso de TV por assinatura caiu nos meios urbanos e teve aumento nas áreas rurais. Enquanto na cidade, o percentual saiu de 32,4% em 2019 para 29,2% em 2021, no campo, o índice teve aumento de 16,4% para 17,8% no mesmo período.
Entre aqueles que afirmaram não ter TV por assinatura em casa, 43,5% deram como justificativa o preço alto e 45,6% não têm interesse em comprar um pacote.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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