São Paulo - Em evento sobre a desoneração da folha de pagamento realizado na tarde desta quinta-feira (1º/9), pelo Instituto Unidos Brasil - grupo de empresários que reúne apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e outros participantes – o presidente da Confederação Nacional dos Serviços, Luigi Nesse, apresentou uma proposta que zera a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento. Como alternativa para o financiamento da Previdência Social, para Nesse, seria criado um novo imposto sobre movimentações financeiras com uma alíquota de 0,74%, nos mesmo moldes da extinta CPMF, mas com uma alíquota quase em dobro da antiga contribuição que era de 0,38%.
A proposta prevê além da extinção da contribuição patronal para a Previdência Social, que hoje é de 20% sobre o valor da folha de pagamento, uma redução de 3 pontos percentuais para a contribuição do empregado, e o fim das contribuições ao Incra e de Salário Educação. Hoje a participação do empresário é de 20% enquanto a do trabalhador varia entre 7,5% e 14% que acordo com o valor do salário.
O fórum contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, e foi marcado pelo entusiasmo da plateia com Guedes e pela presença de candidatos ao parlamento de partidos da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
O evento, que teve um custo de participação de R$ 10 mil por cada mesa de sete pessoas, estava concorrido e começou com a apresentação de uma versão do hino nacional cantado ao vivo e um pedido de silêncio pela “ameaça à liberdade de expressão” em referência as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) na investigações dos empresários bolsonaristas que discutiam uma ruptura democrática em grupos de WhatsApp.
No encerramento foi lido e entregue ao ministro um manifesto dos empresários que, genericamente, pede uma “efetiva redução do Custo Brasil”.
Saiba Mais
- Economia Guedes: auxílio de R$ 600 será pago "de qualquer forma" em 2023
- Economia Relator do Orçamento promete esforço para equacionar reajuste a servidores
- Economia Para Guedes, Brasil não cresce 4% porque "está com o freio de mão puxado"
- Economia Bolsonaro sugere taxar fortunas e renovar emergência para custear Auxílio
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.