A volta dos serviços presenciais puxou o crescimento de 2,6% do consumo das famílias no segundo trimestre de 2022, principal setor que impactou a alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (1º/9), o aumento do consumo das famílias foi o maior na série com ajuste sazonal desde o quarto trimestre de 2020, quando registrou alta de 3,1% frente ao trimestre imediatamente anterior.
“A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda. Também houve o crescimento do comércio, tanto do atacado quanto do varejo, o último ligado ao consumo das famílias”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Outros fatores que contribuíram para o desempenho, de acordo com a pesquisadora, foram a melhora do mercado de trabalho, com crescimento da massa salarial na comparação anual, a liberação do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas do INSS. “Tudo isso impactou o consumo, apesar do aumento da inflação e dos juros”, observou.
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