Nesta quarta-feira (31/8), os mercados estão de olho nos indicadores que sairão no Brasil e nos Estados Unidos, bem como nas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que devem sustentar as expectativas dos mercados em relação ao futuro da política monetária dos EUA.
Segundo os especialistas da Travelex, no Brasil, os investidores também monitoram os possíveis impactos fiscais das promessas dos candidatos à Presidência. Por fim, hoje é a data limite para o envio do Projeto de Lei Orçamentária para 2023, do Palácio do Planalto ao Congresso.
Ainda em relação ao Brasil, os mercados direcionam as atenções para os indicadores brasileiros e americanos a serem divulgados, sendo os principais deles a taxa de desemprego, a variação de empregos privados nos EUA e os estoques de petróleo bruto também dos EUA.
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Quanto à taxa de desemprego, o indicador mostra a porcentagem da força de trabalho total que está desempregada e buscando emprego ativamente. “Dessa forma, uma taxa abaixo do esperado poderá implicar também em uma expectativa de alta nos juros futuros, levando à uma apreciação da moeda local e queda do dólar ante o real, enquanto uma taxa acima do esperado poderá ter o efeito inverso”, explicam os especialistas da Travelex.
Já a variação de empregos privados nos EUA é considerada uma prévia do payroll não-agrícola, que sairá na sexta-feira (2/9), e uma leitura acima da expectativa deverá exercer pressão para alta do dólar ante o real, enquanto uma leitura abaixo da expectativa poderá promover queda do dólar ante real.
Em relação aos estoques de petróleo dos EUA, um número abaixo da expectativa indica menor oferta da commodity, o que tende a elevar seu preço. Além disso, os juros futuros podem ficar pressionados em função da alta do dólar e dos juros dos Treasuries, enquanto no câmbio é esperado uma alta na volatilidade, uma vez que hoje ocorre a formação da Ptax do mês de agosto.