O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou o pregão desta terça-feira (23/8) com alta expressiva de 2,13%, a 112.857 pontos. A semana está sendo marcada pela atenção dos investidores quanto aos sinais de que o banco central norte-americano possa ser menos agressivo no aumento das taxas de juros. O dólar comercial, por sua vez, registrou queda de 1,3’%, cotado a R$ 5,09.
O início da sessão foi marcado pela divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos, que recuou de 47,7 em julho a 45,0 na preliminar de agosto, mínima registrada em 27 meses. Assim, com o relatório da S&P Global, o dado entrou mais firmemente em território de contração, abaixo de 50 pontos.
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Outro dado divulgado no mercado norte-americano, foram as vendas de moradias novas. Esses indicadores vindo de forma negativa acabam validando o olhar dos investidores de que o FED possa ser menos agressivo. O que beneficia o sentimento comprador na renda variável por aqui.
“Esses indicadores da atividade econômica trouxeram aí uma indicação de que talvez o FED não pese tanto a mão na próxima alta de juros. Os investidores vêm fazendo considerações em relação a essa magnitude dos juros, então tivemos hoje também o mercado um pouquinho melhor em relação aos ativos de risco”, observou a economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.
Siderúrgicas
No cenário local, o destaque fica para as empresas siderúrgicas que tiveram um forte movimento, com destaque para VALE3 que obteve uma alta de mais de 6%, beneficiadas pela alta do minério de ferro.
“O minério de ferro se valorizou bastante na bolsa de Dalian, onde são negociadas as principais commodities do mundo. Por outro lado, o Banco do Povo da China cortou taxas de empréstimos na terça e a melhoria de perspectivas em cima de uma demanda de aço ocasionou que esse número bem aceito no nosso mercado”, explicou Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.