O Benefício Emergencial aos Motoristas de Táxis – BEm Taxista, conhecido com auxílio taxista, acumulou, nesta semana, mais de 245 mil beneficiários no Brasil, de acordo com o balanço realizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MPT), que coordena a ação. Dentre esses, 2.471 motoristas de táxi são do Distrito Federal. A unidade federativa é a primeira do Centro-Oeste em número de concessões. Contudo, a região concentra 6.910 beneficiados, ocupando a última colocação nacional no número de motoristas atendidos.
Em todo o Brasil, 245.213 taxistas receberam as duas primeiras parcelas do benefício, com valor de R$ 1 mil cada. A transferência dos benefícios desta primeira etapa do programa teve início na terça-feira passada (16/8). O Sudeste lidera, com 135.361 taxistas atendidos, seguido do Nordeste (68.558); Sul (19.880); e Norte (14.504).
Após a capital federal, aparecem no ranking regional os estados: Goiás (2.351), Mato Grosso do Sul (1.193) e Mato Grosso (895).
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"Veio numa boa hora"
A região Sudeste registrou o maior número de motoristas habilitados, com o total de 135.361 taxistas na primeira fase. Destaque para os estados de São Paulo, com 55.473; Rio de Janeiro, com 51.798, e Minas Gerais, com 25.070 motoristas. Somente esses três estados representam mais de 50% dos benefícios pagos. Em relação aos municípios, o Rio de Janeiro foi o que mais teve taxistas beneficiados, com 42.740. Em seguida aparecem São Paulo (37.417), Belo Horizonte (8.295), Fortaleza (7.270), Salvador (6.425) e Recife (4.578).
Nilson Noronha, 43 anos, taxista há mais de 10 anos afirmou que o benefício "veio numa boa hora" para a categoria e serve “para pagar algumas contas que já estavam pendentes e uma garantia para o taxista até dezembro”. Segundo ele, o benefício “dá uma boa ajuda e tira a gente um pouco de sufoco, já que o Brasil está passando por uma crise difícil”.
O taxista Reginaldo Soares, 40 anos, comentou que o benefício emergencial também o ajudou. “A categoria está muito debilitada, porque veio a pandemia, veio o aumento abusivo dos preços, e os juros que estão abusivos”, contou. “Os taxistas são obrigados a trocar de carro, para apresentar para a população do Distrito Federal carros mais novos. Com isso, o benefício está ajudando a pagar parte da prestação do carro, a botar combustível, além das despesas de casa.”
“O benefício ajuda muito a categoria de maneira geral, mas ainda é pouco pelo tanto que sofremos. O governo tem que pensar em outra forma para nos ajudar, porque teve muito taxista que trocou de carro, e comprou o novo com o juros muito alto. Precisa ser pensado em uma forma de colocar os juros em juros normais”, disse Soares.
Agenda
Um segundo lote de pagamento aos taxistas, que atendem aos critérios estabelecidos, está previsto para ocorrer no dia 30 de agosto. Para adentrar neste segundo grupo de contemplados, o motorista deve ter sido cadastrado pela prefeitura ou ente municipal até a segunda-feira (15).
O Benefício Taxista é depositado em conta poupança social digital aberta automaticamente pela Caixa Econômica em nome dos beneficiários, com movimentação pelo aplicativo Caixa Tem. O beneficiário não precisa realizar cadastro ou enviar dados de conta para o banco. Caso a conta social não seja movimentada por até 90 dias, os recursos serão recolhidos ao Tesouro Nacional.