Com a única proposta vinculante no certame, a NK 108 Empreendimentos e Participações S.A (Highline) venceu o leilão de oito mil torres da Oi, operadora que saiu do mercado de telefonia móvel, ao preço mínimo de R$ 1,697 bilhão. O pregão foi realizado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (22/8).
A proposta vinculante estabelecia o lance mínimo a ser dado pelo pacote de ativos.
O leilão ocorreu na Vara Empresarial onde tramita o processo de recuperação judicial da Oi. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está fora do processo nesta fase. Na próxima etapa, caberá à agência inspecionar as torres em operação e que integram o grupo leiloado.
Rodrigo Abreu, CEO da OI, explica que a venda do lote de torres fixas para a Highline é um dos últimos eventos previstos antes do fim do processo de Recuperação Judicial da companhia, ao lado da formalização do processo de venda da base de assinantes DTH.
"Essa venda permite a injeção de novos recursos na Companhia, e traz ainda um potencial aporte adicional em 3 anos, com flexibilidade quanto ao uso e obrigações futuras das torres vendidas, em função da evolução da sua necessidade operacional. Todos esses movimentos são importantes para a continuidade do plano de transformação da Oi, que prevê o redirecionamento do nosso foco para os serviços de fibra ótica e soluções digitais para os segmentos consumidor, empresarial e corporativo, reinventando assim a Companhia para atender às novas necessidades do mercado e da visão de longo prazo da empresa", explica.
Compradora
Vencedora do certame, a Highline informou que a aquisição inclui contratos, direitos, obrigações, licenças e demais equipamentos necessários à operação da infraestrutura. "Superar o leilão junto ao Juízo da Recuperação Judicial foi um passo importante, vamos trabalhar agora nas próximas etapas dessa transação. Nossa disposição em investir reforça nosso compromisso em colaborar com a modernização do mercado de telecomunicações e continuar oferecendo as melhores soluções para nossos clientes", afirma Fernando Viotti, CEO da Highline.
No entanto, ainda de acordo com o comunicado da empresa, o fechamento da aquisição ainda dependerá das aprovações da Anatel e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Visamos concluir o processo até o final do ano. Estamos numa fase de transição tecnológica para o 5G e esse movimento reafirma nosso plano de apoiar a expansão da cobertura móvel em um formato sustentável e responsável, tanto das grandes operadoras quanto dos provedores regionais”, acrescenta Luis Minoru Shibata, diretor de estratégia e novos negócios da Highline.
A Highline se apresenta como uma desenvolvedora independente de soluções de infraestrutura para as operadoras de telecomunicações, e tem como controlador a DigitalBridge, fundo americano de investimento em infraestrutura digital, com mais de U$ 40 bilhões de ativos sob sua gestão. Além disso, outros acionistas como a Alberta Investment Management Corporation (Aimco), Allianz e o International Financial Corporation (IFC).