Em um ano, de abril de 2021 ao mesmo mês deste ano, o Brasil reduziu em 5,4% as empresas no país, de acordo com o IPC Maps 2022, que calculou os índices de potencial de consumo nacional. Ao comparar as regiões do país, o estudo mostra que houve uma retenção empresarial geral no mesmo período, por mais que as regiões Sul e Sudeste estejam em primeiro lugar na quantidade de CNPJs ativos.
Respectivamente, as duas regiões têm 127,8 e 121,7 empresas por mil habitantes. Enquanto o Nordeste e o Norte seguem com números bem abaixo. A segunda região, inclusive, pontua 6% do perfil empresarial no país, com 51,5 empresas/mil habitantes.
Dentre os serviços, o único setor em crescimento é o agribusiness, com a manutenção de mais de 764 mil estabelecimentos. No restante dos segmentos, de 21.127.759 milhões de empresas ativas, 11,6 milhões estão relacionadas a serviços. Em seguida, está o Comércio, com 5,4 milhões, e Indústrias com 3,4 milhões.
MEI
Houve o encerramento de 1.026.570 de Microempreendedores Individuais (MEIs), o que evidenciou um crescimento do empreendedorismo, em decorrência principalmente da pandemia, mas sem uma base fortalecida para a sua permanência.
Ao aprofundar a análise, o maior número de encerramento de MEIs foi em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, principalmente nos setores de serviços de alimentação e vestuário.
O estudo também destaca a prática de abertura de MEIs fantasmas, com a abertura de novos cadastros - com outros CPFs - para driblar o teto de faturamento anual de R$ 81 mil, regra para que uma pessoa possa continuar na categoria de MEI.
Em uma análise jurídica, 11,2% dos encerramentos foram nos segmentos de Sociedades Limitadas (Ltdas.) e Anônimas (S/As). “Os altos impostos associados à proliferação de MEIs e ao baixo teto de faturamento contribuíram para o encerramento das atividades”, justificou Marcos Pazzini, responsável pela coordenação do IPC Maps.