Supermercados

Consumo nos lares brasileiros avança 2,2% no 1º semestre, revela Abras

Crescimento das compras em supermercados foi estimulado por aumento de variedades de produtos nos mercados, aponta estudo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indica que os brasileiros passaram a frequentar mais supermercados e consumir alimentos em casa no primeiro semestre deste ano. De acordo com a associação, o consumo nos lares do país aumentou em 2,2% no período.

Ainda segundo o estudo, os brasileiros estão planejando mais antes de fazer as compras. Houve preferência maior por marcas próprias vendidas dos supermercados, que geralmente são de 20% a 30% mais baratos do que outros produtos. Também teve aumento da variedade de produtos nas prateleiras. O consumidor pôde, por exemplo, optar por 37 marcas diferentes de arroz durante o período.

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Na comparação de junho com o mesmo mês de 2021, a alta foi de 6,03%. Nos primeiros seis meses do ano, o consumidor optou por embalagens de melhor custo-benefício, levando em consideração produtos que apresentavam maior economia ou melhor valor agregado.

“Com renda mais restrita, o consumidor não pode errar e, por isso, ele tem mais resistência a trocar de marca. Porém, o produto marca própria tem alta qualidade, preço competitivo e ajuda a compor a cesta de abastecimento”, comenta o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

A entidade já projeta um crescimento ainda mais forte, de para os próximos meses, que devem ser alavancados com a deflação, o aumento nos postos de trabalho e o pagamento de auxílios e benefícios à população, aprovados no Congresso.

Por isso, a previsão feita pelo setor atacadista e de supermercados para o consumo nos lares brasileiros, entre julho e dezembro deste ano, subiu de 2,8% para um crescimento entre 3% a 3,3%.

“Esse dinheiro vai movimentar o consumo nos lares, então, o crescimento em ritmo moderado do primeiro semestre deve ficar para trás. Daqui para frente, o consumo tende a ser mais intenso e estável porque cresceu o número de famílias, aumentou o valor do benefício e novos auxílios foram criados para outras categorias profissionais: caminhoneiros e taxistas”, avalia o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Cesta aumentou

Em contrapartida, a associação revelou que houve aumento de 10,41% no preço da cesta de 35 itens básicos e de amplo consumo, que envolvem alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza. Diante disso, o preço da cesta média no país alcançou R$ 773,44 em junho.

Os itens que mais sofreram aumento no período foram batata (55,81%), cebola (48,13%), leite longa vida (41,77%), feijão (40,97%) e queijo muçarela (36,10%).

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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