O medo do endividamento e de entrar na inadimplência fez com que os brasilienses buscassem a contratação de seguros. A procura por produtos nesse setor aumentou no primeiro semestre deste ano, fazendo com que os segurados do Distrito Federal recebessem mais de R$ 1,1 bilhão no período. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
Entre as seguradoras que figuram nessa expansão dentro do quadradinho, no levantamento da CNSeg, estão a Fiança Locatícia, o Perda de Renda e o Crédito Interno. Entre eles também há o seguro Prestamista, que garante o pagamento de dívidas do segurado em caso de morte, desemprego ou perda de renda, doenças graves, invalidez e incapacidade temporária. Só nos seis primeiros meses deste ano, esse seguro movimentou R$ 421,7 milhões, e teve um crescimento de 9,1% em comparação com o mesmo período em 2021.
Em entrevista ao CB.Poder nesta terça-feira (9/8), programa do Correio em parceria com a TV Brasília, o presidente da CNSeg, Dhyogo Oliveira, disse que o objetivo da entidade é garantir a possibilidade de que pessoas de todas as rendas possam contratar seguros para oferecer mais tranquilidade em momentos de turbulência.
“O nosso objetivo é popularizar e democratizar o acesso ao seguro. O seguro é um bem superior. É um bem que, quanto mais sofisticada a economia e mais desenvolvido é o país, mais você consome esse seguro.”
Endividamento bate recorde
O aumento do número de famílias brasileiras endividadas fez com que a opção em adquirir o serviço se tornasse cada vez mais real nos lares em todo o país. De acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento já atinge 78% das famílias brasileiras.
No Distrito Federal, a taxa de endividados é a 7ª maior do Brasil, entre todas as unidades da Federação. O índice na capital federal chega a 84,1% da população, acima da média nacional.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro