O dólar opera em alta no fim da manhã desta terça-feira (30/8), chegando a R$ 5,06 às 12h12, após a queda de segunda-feira, que se aproximou da barreira dos R$ 5, com o mercado de câmbio beneficiado por perspectivas de fluxo, embora receios internacionais sobre uma possível recessão global continuassem no radar de investidores.
Ontem, o dólar fechou em queda de 0,88%, a R$ 5,0329, no menor patamar desde 15 de junho. Com o resultado, acumulou queda de 1,87% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,92% frente ao real.
Saiba Mais
Mercado
O mercado amanheceu hoje com os olhares direcionados para as falas de dirigentes do Federal Reserve (FED), em semana que também saíra o relatório de empregos dos Estados Unidos, payroll, e poderá ajudar os investidores a alinhar suas expectativas quanto ao futuro da política monetária norte-americana. No Brasil, o destaque fica na divulgação do IGP-M de agosto, no resultado primário do Governo Central de julho e nas falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Segundo especialistas da Travelex, no mercado local devemos experimentar certo alívio em função da melhora do humor no exterior e também da queda do índice DXY, que relaciona o dólar com as seis principais divisas. "O que pode ajudar tanto o Ibovespa quanto os mercados de juros e o câmbio”, afirmaram.
O mercado também deve repercutir o IGP-M que apresentou uma deflação maior do que o esperado, o que também soma certa pressão para queda nos juros futuros e, por consequência, gera uma pressão para alta do dólar ante o real. Além disso, falas de Campos Neto e de dirigentes do FED ficam no radar, e podem movimentar os mercados de juros e câmbio, contudo, em véspera de formação da Ptax de agosto, o dólar deve permanecer com alta volatilidade.
No exterior os contratos futuros de petróleo negociam em queda, porém com grande volatilidade, em cenário de possível redução de oferta da commodity pela Opep+. Já em Nova York os índices futuros acionários operam no positivo, indicando possível recuperação nos mercados à vista.
Para os especialistas da Travelex, o mercado internacional acompanha, além das falas dos dirigentes do FED, o índice de confiança do consumidor norte-americano, que caso venha acima do esperado deve sinalizar uma economia aquecida, e com isso, as preocupações com inflação poderão motivar ainda mais novas altas nos juros, o que deve pressionar uma alta do dólar ante o real.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.