A dívida pública brasileira ficou em R$ 5,80 trilhões em julho, de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29/8). O montante representa uma redução de 0,7% em relação a junho, quando o endividamento estava em R$ 5,84 trilhões.
A redução da dívida ocorreu, principalmente, por conta do resgate líquido de R$ 81,6 bilhões, que foi neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 40,5 bilhões. Segundo a secretaria, “o mês de julho foi marcado por ambiente de aversão ao risco no exterior, refletindo incertezas quanto à inflação e crescimento globais”.
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Houve redução da participação dos títulos prefixados em relação ao mês anterior, passando de 27,23% para 25,75%, devido ao resgate líquido de R$ 107,53 bilhões. Já o custo médio das emissões de títulos públicos no mercado interno registrou aumento, passando de 12,03% ao ano, em junho, para 12,09% ao ano em julho.
A Reserva de Liquidez da Dívida Pública reduziu 3,58% em termos nominais, passando de R$ 1,2 trilhão em junho para R$ 1,17 trilhão em julho. Este montante corresponde às disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos.
Apesar da queda, o Tesouro afirma que a posição da Reserva “permanece significativamente acima do limite prudencial de 3 meses para a Reserva de Liquidez, que em julho/22 equivale a R$ 505 bilhões, permitindo ao Tesouro flexibilidade na execução da estratégia de financiamento”.
Tesouro Direto
No Tesouro Direto, as emissões líquidas no mês de junho totalizaram R$ 1,74 bilhão, como resultado das vendas de R$ 4,01 bilhões e resgates de R$ 2,27 bilhões. De acordo com o documento do Tesouro Nacional, o título mais demandado pelos investidores permanece sendo o Tesouro Selic, que respondeu por 49,4% do montante vendido. A Selic (taxa básica de juros) está atualmente em 13,75% ao ano.
O relatório destaca que temores relacionados à recessão e inflação globais, além das perspectivas de políticas monetárias mais restritivas pelos principais Bancos Centrais, prejudicaram a performance de ativos emergentes. Em julho, a curva de juros locais apresentou volatilidade, acompanhando a maior incerteza no cenário externo e os debates fiscais no doméstico, encerrando o mês próximo da estabilidade.
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