Dados do Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal, equivalente ao IBGE brasileiro, divulgados nesta quinta-feira (18/8) apontam para a menor taxa de confiança do consumidor já registrada na zona do Euro.
Apesar de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,9% no segundo trimestre de 2022, ainda menor do que o registrado no primeiro trimestre do ano, da ordem de 5,4%, a inflação segue preocupando a Europa, o que é apontado como principal fator na queda de confiança.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em julho atingiu 9,1%, maior valor registrado desde novembro de 1992, antes da implantação da moeda comum. Entre as causas mais fortes desse aumento estão a energia e combustíveis, além dos alimentos.
Outro fator apontado pelo relatório é a alta nos preços de bens importados, com uma variação positiva de 26%, ao mesmo tempo que as exportações tiveram uma subida nos preços de 18,6% para o mês de julho, a diferença deve pesar sobre a balança comercial da zona do Euro.
Desemprego cai, mas salário encolhe
No trimestre, a taxa de desemprego da zona do Euro foi de 5,7%, uma redução 0,2% em relação ao primeiro trimestre, e 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o número de ocupados cresceu 1,9%, na comparação com o mesmo período de 2021.
Já a média salarial da população na zona do Euro cresceu 3,1% no acumulado de 12 meses, o que não foi suficiente para a manutenção do poder de compra, que, quando descontada a inflação do período, representa uma redução real na remuneração de 4,6% sobre os salários dos europeus.
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Portugal reduz crescimento
Portugal um dos países mais afetados na pandemia por conta de sua economia muito dependente do turismo, de acordo com o relatório, registrou neste 2º trimestre um crescimento do PIB superior à média da zona do Euro.
A variação positiva no trimestre de 6,9%, no comparado com os 12 meses anteriores, é positiva, mas representa uma redução do crescimento registrado na comparação com o 1º trimestre desse ano, que registrou um crescimento de 11,8% em relação ao ano anterior.
Para o Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal, o crescimento do primeiro trimestre foi expressivo em função da comparação com o 1º semestre de 2021, quando ainda estavam em vigência fortes medidas de restrição em função da covid. Agora, com a chegada do verão no hemisfério norte, sem as medidas de restrição de viagens, a tendência é que o PIB português mantenha, no 3º trimestre, uma ascendente de crescimento puxada pelo setor de turismo no período de férias.
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