Comércio

IBGE aponta redução de 404 mil postos de trabalho no primeiro ano de pandemia

Segundo os dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, divulgados nesta quarta-feira (17/8), 7,4% dos estabelecimentos foram fechados durante o período e houve queda de 4% na quantidade de pessoas ocupadas no setor

Rafaela Gonçalves
postado em 17/08/2022 11:37
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O comércio brasileiro sofreu perdas recordes durante o primeiro ano da pandemia da covid-19. Segundo os dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, divulgados nesta quarta-feira (17/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,4% dos estabelecimentos foram fechados durante o período e houve uma queda de 4% na quantidade de pessoas ocupadas no setor.

Apenas em 2020, mais de 404 mil postos de trabalho foram perdidos, sendo 90,4% deles no varejo. Já o atacado suavizou o desempenho negativo geral, após aumento de 2,2% na ocupação e de 1,3% no número de empresas naquele mesmo ano. Foi a maior queda na ocupação do comércio, no intervalo de um ano, desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.

Entre as atividades, a maior redução foi sentida no segmento varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho, que sofreu retração de 176,6 mil trabalhadores em um ano, o que representa uma perda de 15,3% em seu contingente de ocupados. Além disso, o número de empresas do setor caiu 15,6%, o que corresponde a 32,6 mil estabelecimentos comerciais. 

“O volume expressivo da queda nesse setor chama a atenção e representa de forma significativa aquelas lojas que tiveram suas atividades mais afetadas pela necessidade de isolamento social, seja no comércio popular, seja em shoppings. Todos esses estabelecimentos onde a venda presencial é muito importante para experimentar a mercadoria sentiram os efeitos da pandemia de forma mais acentuada nesse primeiro ano”, explicou a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.

Apenas duas atividades varejistas criaram empregos: os hipermercados e supermercados e as lojas de produtos farmacêuticos, cosméticos e artigos médicos. Ambas foram consideradas serviços essenciais durante a pandemia, e tiveram autorização para funcionar com menos restrições. Além disso, acabaram sendo bastante demandadas pelos consumidores.

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