Combustíveis

Redução da gasolina faz parte da campanha eleitoral, critica petroleiro

Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta segunda-feira (15/8) que nova queda no preço da gasolina é feita pelo governo Bolsonaro baseada na "política do calendário eleitoral"

João Gabriel Freitas*
postado em 15/08/2022 15:59 / atualizado em 15/08/2022 16:00
"O que o presidente da República está fazendo é tirar do preço o ICMS, que ia para as escolas, hospitais, postos de saúde", afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) - (crédito: Canal Cara a Tapa/YouTube/Reprodução)

A redução no preço da gasolina tem influência do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e segue o “calendário eleitoral” às vésperas da disputa nas urnas em outubro. É o que afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

“A nova queda no preço da gasolina, na refinaria, é baseada no critério da política do calendário eleitoral e na tentativa de minimizar o estrago provocado na economia e na população pelo reajuste de 145,8% na gasolina, acumulado na gestão Bolsonaro”, disse o gestor. A Petrobras anunciou nesta segunda-feira uma redução de R$ 0,18 por litro vendido às distribuidoras. A partir de terça-feira (16/8), o preço médio de venda nas refinarias passa de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro.

Segundo a petroleira, essa redução busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. “Acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras”, divulgou a estatal em nota.

Deyvid Bacelar ainda destacou que a medida é uma tentativa de amenizar o impacto da lei sancionada em junho que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. “O que o presidente da República está fazendo é tirar do preço o ICMS, que ia para as escolas, hospitais, postos de saúde. Ele retirou o dinheiro dos estados, mas não mexeu no PPI (política de preço de paridade de importação), que diminuiria o dividendo dos acionistas da Petrobras”, defendeu.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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