Supermercados

Consumo nos lares brasileiros avança 2,2% no 1º semestre, revela Abras

Crescimento das compras em supermercados foi estimulado por aumento de variedades de produtos nos mercados, aponta estudo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Raphael Pati*
postado em 11/08/2022 17:23 / atualizado em 11/08/2022 17:24
 (crédito:  Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indica que os brasileiros passaram a frequentar mais supermercados e consumir alimentos em casa no primeiro semestre deste ano. De acordo com a associação, o consumo nos lares do país aumentou em 2,2% no período.

Ainda segundo o estudo, os brasileiros estão planejando mais antes de fazer as compras. Houve preferência maior por marcas próprias vendidas dos supermercados, que geralmente são de 20% a 30% mais baratos do que outros produtos. Também teve aumento da variedade de produtos nas prateleiras. O consumidor pôde, por exemplo, optar por 37 marcas diferentes de arroz durante o período.

Na comparação de junho com o mesmo mês de 2021, a alta foi de 6,03%. Nos primeiros seis meses do ano, o consumidor optou por embalagens de melhor custo-benefício, levando em consideração produtos que apresentavam maior economia ou melhor valor agregado.

“Com renda mais restrita, o consumidor não pode errar e, por isso, ele tem mais resistência a trocar de marca. Porém, o produto marca própria tem alta qualidade, preço competitivo e ajuda a compor a cesta de abastecimento”, comenta o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

A entidade já projeta um crescimento ainda mais forte, de para os próximos meses, que devem ser alavancados com a deflação, o aumento nos postos de trabalho e o pagamento de auxílios e benefícios à população, aprovados no Congresso.

Por isso, a previsão feita pelo setor atacadista e de supermercados para o consumo nos lares brasileiros, entre julho e dezembro deste ano, subiu de 2,8% para um crescimento entre 3% a 3,3%.

“Esse dinheiro vai movimentar o consumo nos lares, então, o crescimento em ritmo moderado do primeiro semestre deve ficar para trás. Daqui para frente, o consumo tende a ser mais intenso e estável porque cresceu o número de famílias, aumentou o valor do benefício e novos auxílios foram criados para outras categorias profissionais: caminhoneiros e taxistas”, avalia o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Cesta aumentou

Em contrapartida, a associação revelou que houve aumento de 10,41% no preço da cesta de 35 itens básicos e de amplo consumo, que envolvem alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza. Diante disso, o preço da cesta média no país alcançou R$ 773,44 em junho.

Os itens que mais sofreram aumento no período foram batata (55,81%), cebola (48,13%), leite longa vida (41,77%), feijão (40,97%) e queijo muçarela (36,10%).

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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