Pequeno rali na bolsa anima investidores

Correio Braziliense
postado em 11/08/2022 00:01

Até onde vai o rali na B3, a bolsa brasileira? O Ibovespa, o principal índice do mercado acionário do país, fechou o pregão de ontem com alta de 1,46% — foi o seu sétimo avanço consecutivo, algo que não ocorria desde março. Os investidores ficaram entusiasmados com os dados da inflação americana. Ao contrário do que os analistas previam, os preços ficaram estáveis, o que foi suficiente para elevar, em certa medida, os níveis de otimismo. No Brasil, a deflação observada em julho, a primeira nos últimos dois anos anos, também contribuiu para melhorar os ânimos. Ainda assim, os especialistas recomendam cautela daqui por diante. O Brasil está diante da eleição mais encarniçada de todos os tempos e os indicadores econômicos ainda deixam dúvidas sobre a capacidade de o país reagir plenamente à crise. No mundo, é crescente o risco de recessão global, o que certamente impactaria o mercado de ações brasileiro.

Movimento aumenta nos shoppings, mas cai nas lojas de rua

O comércio voltou à velha rotina. Os shoppings, que muitos analistas consideravam acabados, superaram os níveis pré-covid e mais uma vez provaram que os brasileiros adoram esses espaços. Em julho, o movimento cresceu 8% em relação a um ano atrás. Já o fluxo nas lojas de rua caiu 6%, segundo dados da Virtual Gate, que monitora 4 mil pontos de venda no país. Detalhe: muitos "especialistas" disseram que o futuro estava nas lojas de rua.

Brasil é campeão mundial em produtividade de soja

Um estudo feito pelo professor Marcos Fava Neves, especialista em agronegócio da Universidade de São Paulo, comparou a produtividade das fazendas de soja no Brasil com as de outros países. Os brasileiros fazem bonito. Na safra 2020/2021, as lavouras do país deram origem a 3,5 mil quilos de soja por hectare. Nos Estados Unidos, principal rival do Brasil no setor, a produtividade foi de 3,3 mil quilos por hectare. Na Argentina, outra protagonista do segmento, o índice foi de 3 mil quilos.

Depois de 12 anos, explosão de plataforma da BP ainda provoca estragos

Em 20 de abril de 2010, a explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela petrolífera BP, despejou 134 milhões de barris de petróleo no Golfo do México, causando a morte de incontáveis, peixes, aves, tartarugas e outros animais marinhos. Doze anos depois da tragédia, seus efeitos nefastos ainda são percebidos. Segundo estudo publicado no periódico científico Frontiers in Marine Science, uma espécie de gosma insolúvel ainda é encontrada nas profundezas do oceano. Pior: ela é cancerígena.

» As vendas de etanol das usinas do Centro-Sul totalizaram 2,48 bilhões de litros em julho, o que representa um recuo de 6,63% em relação ao mesmo mês do ano passado, conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O volume de etanol hidratado (usado nos tanques dos veículos) caiu um pouco mais (7,58%) na mesma base comparativa.

» As vendas no varejo decepcionaram em junho. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, elas caíram 1,4% na comparação com maio, resultado pior que o esperado pelo mercado. Foi também a segunda variação negativa do setor, que passou a acumular retração de 0,8% no período de dois meses.

» O fim das restrições de circulação elevou o movimento nos aeroportos. No primeiro semestre, o de Brasília recebeu cerca de 6 milhões de passageiros, 53% a mais que no mesmo período de 2021. O resultado é ótimo, certo? Nem tanto. Na comparação com igual intervalo de 2019, antes da pandemia, o desempenho ainda é 25% menor.

» O bilionário Elon Musk surpreendeu o mercado ao vender, nos últimos dias, 7,9 milhões de ações da Tesla, avaliadas em US$ 7 bilhões. No final do ano passado, Musk havia garantido a analistas que não negociaria mais ações da empresa, mas a promessa não foi cumprida. Atualmente, ele detém 15% de participação na fabricante de carros elétricos.

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