Prejudicado pelos efeitos da pandemia no mercado, o usuário brasileiro de transporte público utiliza a frota com idade média mais elevada desde o início do monitoramento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NU). O levantamento foi divulgado em evento temático nesta terça-feira (9/8), em São Paulo.
Atualmente, a frota tem idade média de seis anos, com ônibus rodando quase que diariamente nas cidades e também interurbanos. As informações do anuário 2021-2022 foram levantadas em nove capitais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
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Entre os principais problemas apontados para a defasagem da frota está a perda de usuários de forma permanente. Ainda de acordo com o anuário, pelo menos 10,8 milhões de viagens pagas deixaram de ser realizadas por dia por passageiros de ônibus urbanos em 2021, o que representa uma queda de 32,6% em comparação com o período da pré-pandemia.
Francisco Christovam, presidente-executivo da NTU, explica que o setor analisa os dados para tentar reverter os resultados negativos. “De modo geral, o resultado traçado pelo desempenho operacional do setor impressiona pelo impacto negativo. Os sistemas organizados de transporte público por ônibus urbano, presentes em 2.703 municípios brasileiros, tiveram uma perda acumulada de R$ 27,8 bilhões, do início da pandemia a abril deste ano”, explica.
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