Analistas do mercado financeiro reduziram, pela sexta semana consecutiva, a projeção de inflação para 2022, passando de 7,15% para 7,11%. As estimativas são do Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (8/8) pelo Banco Central, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
Apesar da desaceleração neste ano, a projeção para 2023 segue em alta. Segundo o Boletim, o indicador passará a ser de 5,36%. Essa é a décima oitava vez consecutiva que o documento traz um resultado de alta para a inflação do ano que vem.
As projeções de inflação para os anos de 2022 e 2023 estão acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5% e 4,75%, respectivamente. O BC já admitiu que este deve ser o segundo ano consecutivo em que haverá o rompimento do limite superior da meta de inflação.
Os porcentuais divulgados hoje continuam apontando para três anos consecutivos de estouro da meta. A mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,30%, repetindo o porcentual do mês anterior, já acima do alvo central. Com a mesma meta, a previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 56 semanas atrás.
Crescimento econômico
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), foi revisada e a expectativa é de que a economia cresça 1,98% ao ano, uma alta de apenas 0,01 ponto percentual, em relação à previsão anterior. O indicador está um pouco abaixo da expectativa de crescimento esperada pela equipe econômica do governo para este ano, que é de 2%.
Mesmo com a sinalização de um novo ajuste na taxa básica de juros, a Selic, o mercado ainda espera que o ano se encerre com o indicador no patamar atual, a 13,75% ao ano. A projeção segue a mesma em sete semanas consecutivas.
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