O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, afirmou, no Correio Talks, que as reformas tributária e administrativa são essenciais para permitir a geração de empregos e o aumento da renda no país. Em um vídeo produzido especialmente para o encontro, Tedros mencionou as principais reivindicações do setor.
"O momento atual não reúne as condições mais favoráveis para o consumo, como inflação, juros em alta e queda de mais de 6% no rendimento do trabalho frente o ao mesmo período do ano passado", observou Tadros. "Mas a agenda do varejo e do turismo segue avançando e já alcançou o patamar pré-pandemia", salientou.
Tadros ressaltou a importância de iniciativas — como o seminário promovido pelo Correio — para fortalecer o comércio e o turismo nesse momento de recuperação.
Em relação ao turismo, Tadros afirmou que o Brasil é um país vocacionado para essa atividade que gera empregos de forma intensiva. Mas ponderou que nem sempre há essa compreensão do setor público para a criação de políticas adequadas para o desenvolvimento do turismo nacional.
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Agenda Institucional
Tadros lembrou, ainda, da necessidade de se buscar um ambiente de negócios mais favorável para o setor. Para isso, citou o documento, elaborado pela CNC, com diversas recomendações referentes ao comércio de bens, serviços e turismo. Intitulada Agenda Institucional do Sistema Comércio, a publicação foi entregue em mãos aos candidatos à Presidência, Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento de 69 páginas repassado aos presidenciáveis é chamado "Propostas e Recomendações de Políticas Públicas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo". De acordo com a CNC, pelo menos duas mil pessoas se envolveram na elaboração das propostas para fomentar o setor.
A publicação dá ênfase ao "livre mercado" e à função social das empresas. Entre seus pontos principais, defende a redução da carga tributária, a manutenção da isenção na distribuição de lucros e dividendos e a não cobrança de impostos sobre grandes fortunas ou sobre movimentação financeira.
Em outras frentes, o documento aponta a necessidade de desburocratização do estado e da legislação. Também busca a flexibilização da legislação trabalhista, dando toda ênfase para o negociado sobre o legislado, abrindo um exceção apenas no caso da cobrança do imposto sindical, que julga importante para a representação das entidades sindicais, como a própria CNC.
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