Fisco

Arrecadação federal aumenta 18% em junho, totalizando R$ 181,04 bilhões

A Receita Federal registra o melhor resultado para os meses de junho desde o início da série. Dado foi o terceiro melhor no ano

A arrecadação do governo federal somou R$ 181,04 bilhões em junho deste ano, um aumento de 17,96%, em termos reais (descontada a inflação), em relação ao mesmo período de 2021, conforme dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira (21/7).

O valor é o maior para os meses de junho desde o início da série histórica do Fisco, iniciada em 1995. Na série atualizada pela inflação, o dado de junho é o terceiro melhor do ano, atrás de janeiro (R$ 246,9 bilhões) e de abril (R$ 197,3 bilhões). No acumulado do ano, a arrecadação somou R$ 1.089,6 bilhões, aumento real de 11% em comparação com o primeiro semestre de 2021.

De acordo com a Receita, um dos destaques da arrecadação de junho foi aumento real de 37,47% no recolhimento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (IRPF/CSLL), que, juntos, somaram R$ 34,2 bilhões. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 15,2 bilhões, acréscimo real de 97,42%, resultado, principalmente, da alta de 176,42% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”, e de 166,26% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (Pessoa Física e Pessoa Jurídica)”.

No acumulado do ano, um dos destaques da arrecadação foi o aumento de 21,54% na arrecadação de IRPJ/CSLL, que somou R$ 258,5 bilhões. Segundo o órgão, esse desempenho melhor e resultado do salto de 83,05% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021, e ao acréscimo de 19,32% na arrecadação da estimativa mensal.

Além disso, conforme dados do Fisco, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 26 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a junho deste ano. Outro destaque foi o IRRF - Rendimentos de Capital, que teve receita de R$ 43.867 milhões, com aumento real de 62,82%. "Esse resultado pode ser explicado pelos acréscimos nominais 210,59% na arrecadação do item fundos de renda fixa, e de 137,59% na arrecadação do item aplicação de renda fixa (tanto pessoa física quanto jurídica)”, de acordo com o relatório da Receita.

Outro destaque foi a receita previdenciária, que teve arrecadação de R$ 261,2 bilhões, com acréscimo real de 6,52%. "Esse resultado pode ser explicado pelo aumento real de 11,54% da massa salarial e pelo aumento real de 38,40% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a junho de 2022, em relação ao mesmo período de 2021", informou o documento.