Eleição na CNC

Decisão judicial atinge dirigentes

Samanta Sallum
postado em 30/07/2022 00:01

Uma decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM) contra o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, às vésperas do processo eleitoral na entidade, pegou de surpresa seus gestores. Tadros encabeça uma chapa única que significaria a reeleição garantida, em setembro. No entanto, a união de forças internas na confederação se mostrou agora alvo de ataques com o pedido de perda de cargo de Tadros. Uma ação civil pública referente à sua gestão à frente da Fecomércio do Amazonas, entre 1984 e 2018, ressuscitou uma polêmica.

A decisão judicial, publicada ontem, e de primeira instância, condena Tadros por um contrato de locação de imóvel para o Sesc e manda que ele deixe a função. A decisão, no entanto, não terá força para retirá-lo do cargo por enquanto. O afastamento só ocorre depois da sentença transitada em julgado, ou seja, após passar por todas as instâncias. Segundo fontes ouvidas pelo blog Capital S.A, haveria um movimento de bastidor para tumultuar o processo eleitoral.

Além de Tadros, a secretária-geral da entidade, Simone Souza Guimarães, foi condenada. A CNC informou que José Roberto Tadros recebeu "com surpresa e indignação" a decisão judicial. Em nota, aponta que ela é contraditória por já existirem pareceres do TCU que concluem não ter existido prejuízo causado pelo contrato em questão.

"Este caso já havia sido utilizado em 2018, durante as eleições para a Presidência da CNC contra o então candidato José Roberto Tadros, não tendo tido respaldo pelo Judiciário do Distrito Federal. Causa estranheza o fato de que, novamente em época eleitoral, o processo tenha sido retomado", aponta a nota. Também destaca que o cargo de Tadros não é de natureza de função pública, já que a entidade é do setor privado. E, assim, não estaria sujeito a penalidades em outra esfera.

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