Conjuntura

Gasolina volta a subir no DF com alta de até R$ 0,40

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, os motoristas ainda podem se deparar com variações nesta semana, pois é comum haver promoções nos períodos de férias

*Mariana Albuquerque
Rafaela Gonçalves
*Isadora Albernaz
postado em 27/07/2022 05:57 / atualizado em 27/07/2022 06:17
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A gasolina voltou a subir em alguns postos do Distrito Federal, com alta de até R$ 0,40. Na última semana, o litro do combustível chegou a cair para R$ 5,29, mas, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do DF (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, o novo preço médio nas bombas após as últimas medidas deve se estabelecer em torno de R$ 5,87.

Tavares ressaltou que o mercado de combustíveis não é sempre uma conta simples e direta. "É preciso entender que é um mercado dinâmico e que outras variáveis influenciam os preços. E, no caso da gasolina, há forte influência do etanol anidro, que não depende da política de preços da Petrobras (PPI). Semanalmente, este produto altera seus preços de acordo com a produção, safra, colheita, clima e oferta e demanda", explicou.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apesar de ainda se manter acima dos valores praticados no mercado internacional, o preço dos combustíveis vêm se mantendo em queda no país. A maior baixa foi registrada pela gasolina, na última semana, puxada pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Entre 17 e 23 de julho, o preço do combustível caiu 2,9%, elevando para 17,4% a queda acumulada no mês.

Mesmo com a redução, o preço ainda pesa no bolso do estoquista Fábio Oliveira Silva, de 43 anos. Usando o carro da empresa, ele disse que os valores têm influenciado na frequência com que o automóvel é abastecido. Antes, o tanque era completado toda semana, mas, agora, isso só acontece uma vez ao mês. O motorista contou, ainda, que sempre ronda a cidade a procura dos postos mais baratos e procura economizar nas saídas. "A gente tem que reduzir as viagens ao máximo", frisou.

Quatro meses atrás, Fábio decidiu usar uma moto para chegar ao trabalho. "Deixo meu carro em casa, porque não dá mais para mantê-lo no dia a dia", contou.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, os motoristas ainda podem se deparar com variações nesta semana, pois é comum haver promoções nos períodos de férias, além de guerra de preços entre revendedores para buscar clientes.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.