PARA 2022

Com revisão de projeções de abril, FMI melhora perspectiva do PIB nacional

Fundo eleva de 0,8% para 1,7% a previsão de crescimento do PIB brasileiro neste ano. Para 2023, a estimativa do organismo multilateral é de avanço de 1,1%

Fernanda Strickland
postado em 26/07/2022 15:24 / atualizado em 26/07/2022 19:58
O FMI também voltou a reduzir a projeção de crescimento econômico global em 2022 para 3,2%, quase a metade da expansão de 6,1% no ano passado -  (crédito: cb)
O FMI também voltou a reduzir a projeção de crescimento econômico global em 2022 para 3,2%, quase a metade da expansão de 6,1% no ano passado - (crédito: cb)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022. O valor de 0,8% apontado para abril foi revisto para 1,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26/7). Apesar de ser a maior revisão anunciada pelo organismo, o país vai crescer menos que a média mundial e seus pares emergentes. Em 2023, a previsão do órgão é de avanço de 1,1% no PIB brasileiro.

O FMI também voltou a reduzir a projeção de crescimento econômico global em 2022 para 3,2%, quase a metade da expansão de 6,1% no ano passado, e não descarta recessão nos EUA. Os dados apontam ainda que a economia global teve contração no segundo trimestre deste ano, puxada principalmente pela Rússia (por conta da guerra na Ucrânia e das sanções aplicadas pelos demais países) e pela China (onde longos períodos de lockdowns para conter a pandemia da covid-19 prejudicaram as atividades).

Segundo o economista pela FAU Business Fábio Tadeu Araújo, a revisão para mais do PIB brasileiro realizada pelo FMI já era esperado. “O FMI demora mais do que outras entidades, em especial do que as entidades nacionais naturalmente para fazer suas revisões de projeções para países individualmente ou para o conjunto de alguns continentes ou do mundo, e portanto sempre chega atrasado”, explicou.

“Eu acredito que o PIB neste ano brasilerio deve crescer mais do que 2%, essa já era uma possibilidade bem concreta antes da aprovação das últimas PEC’s que aumentam a distribuição de vales, seja no auxílio brasili, para caminhoneiros ou outros, que portanto vão despejar algumas dezenas de bilhões de reais no bolso dos consumidores, que naturalmente ampliarão o consumo aquecendo a economia”, pontuou Araújo. “Outro ponto é que com a redução do preço dos combustíveis possibilitará também com que esse dinheiro seja direcionado para um número maior de setores, o que ajudará também no crescimento da economia.”

Para o economista Bruno Hora, Co-fundador da InvestSmart, as previsões e alertas do FMI servem como um termômetro global das economias, e a bolsa normalmente reage a essas previsões. "A noticia que as projeções de crescimento do PIB do Brasil melhoraram são um atestado que o dever de casa para conter a inflação desenfreada surtiu efeito, mesmo que nossa projeção de crescimento ainda não seja tão alta como dos nossos pares", disse.

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