Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que o consumo de eletricidade nos setores de Alimentos e Bebidas cresceu 9,2% e 7,7%, respectivamente, no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Outros setores, como da indústria química e de transportes também apresentaram maior gasto energético no período pós-pandemia.
Os dados são do monitoramento periódico de indústrias e grandes empresas que compram o fornecimento no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o chamado mercado livre, da CCEE, responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país.
Na indústria de alimentos, a carga consumida no primeiro semestre de 2022 foi de 2.387 megawatts médios, liderado pela criação de aves (19,8%); seguida pelo abate de reses (quaisquer animais que são abatidos e cuja carne é usada na alimentação humana — exceto suínos), com 12,3%, e fabricação de produtos de carne (11,8%). Os estados com melhores resultados foram Bahia (17%), São Paulo (11,6%) e Rio Grande do Sul (9,5%).
No setor de bebidas, o consumo foi de 297 megawatts médios. O segmento que melhor apresentou resultados foi o de vinhos, que registrou o maior aumento percentual (27%). Águas envasadas (20%) e fabricação de refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas (9,1%) também elevaram as produções.
O Paraná registrou o melhor crescimento para o segmento entre os Estados do Brasil, com 27% de produção em relação ao mesmo período do ano passado, seguido por Ceará (11,2%) e Amazonas (10,2%).
“Como o ramo de bebidas é majoritariamente voltado ao mercado interno, a CCEE associa a maior demanda por energia à volta de eventos e festas públicas, como shows, feiras e carnaval, que foram cancelados em muitas regiões do país no ano passado com a piora da pandemia de covid-19”, diz a nota da Câmara.
Setor de químicos também apresenta melhora
Mais energia também está sendo gasta no setor da indústria química, que teve mais 5,3% no consumo de energia no setor químico durante o primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Adubos e fertilizantes (36,6%), cloro e álcalis (14,9%) e produtos químicos inorgânicos (8,2%) lideram a alta. Na avaliação regional, Paraná (15,9%), Bahia (11,8%) e São Paulo (5,2%) reúnem os melhores desempenhos.
Já o setor de transporte mostra um consumo maior de 5,6%, como reflexo da volta de trabalhos presenciais, de acordo com a CCEE. O avanço foi puxado principalmente pelas categorias de transporte rodoviário coletivo com itinerário fixo intermunicipal (136,2%) e municipal (50,4%), e por transporte metroferroviário de passageiros (3,8%), que engloba empresas de metrô e ônibus. Regiões metropolitanas dos estados do Pará (54,5%), Bahia (26,1%) e Rio Grande do Sul (11%) são destaques da retomada pós-pandemia.
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