Mais opções de pagamento

Correio Braziliense
postado em 09/07/2022 00:01
 (crédito: Geoffroy Van der Hasselt/AFP)
(crédito: Geoffroy Van der Hasselt/AFP)

Utilizar apenas dinheiro vivo durante uma viagem internacional pode ser uma escolha perigosa, embora aparentemente mais econômica do que pagar as despesas com cartões de crédito ou de débito. As instituições financeiras utilizam o valor das faturas dos cartões, convertidas em reais pela taxa de câmbio, para calcular o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Atualmente, a alíquota do IOF sobre câmbio no caso dos cartões é de 6,38%. Já nas operações de aquisição de moeda estrangeira em espécie, a taxação é menor, de 1,10%. No entanto, a opção de usar cédulas traz muito risco, pois o dinheiro pode ser perdido ou roubado, sem que seja possível recuperar o prejuízo.

No caso das despesas feitas em moeda estrangeira com cartões, é importante observar que o dólar utilizado nas fatura não é igual em todos os bancos, já que, no Brasil, o mercado de câmbio é livre. Isso significa que as cotações da moeda são alteradas de acordo com a oferta e demanda no mercado nacional.

"No caso dos cartões, o principal risco é não saber quanto estará a cotação do dólar no dia de pagamento da fatura. Vale lembrar também que o limite do cartão é em reais, então, é necessário fazer algumas conversões para saber se ainda é possível utilizá-lo dentro do saldo disponível", destacou o educador financeiro Adriano Severo.

Uma alternativa para quem vai viajar é a abertura de contas internacionais, que garantem um cartão de crédito aceito universalmente e permitem que os viajantes façam transações instantaneamente pelo celular com uma parcela menor de IOF. A modalidade é oferecida facilmente por instituições como os bancos digitais BS2 e C6 e as fintechs Nomad e Avenue.

A maioria das casas de câmbio vende cartões de viagem pré-pagos, mais conhecidos como cartões "travel money". Apesar da praticidade e segurança, por evitarem o risco da variação cambial, o IOF é o mesmo do cartão de crédito no exterior, sem oferecer benefícios adicionais, como milhas, pontos ou cashback.

O educador financeiro afirmou que o ideal é sempre considerar uma meta de orçamento antes de decidir quais serão os gastos durante a viagem. "Quem deixa para a última hora acaba ficando com menos possibilidades. Tem que pesquisar bastante para achar o valor mais em conta nas negociações", disse Severo. (RG)

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