Dívida Pública

Ministério divulga estudo apontando erro nas projeções de dívida do mercado

Relatório divulgado na quinta-feira (30/6) revela que a dívida pública brasileira tem permanecido abaixo das projeções do mercado financeiro, mesmo com a crise gerada pela pandemia da covid-19

Raphael Pati*
postado em 01/07/2022 11:42 / atualizado em 01/07/2022 13:08
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (30/6), o Ministério da Economia explica que houve uma melhora nas contas públicas brasileiras, para além da questão da “inflação”, que é apenas um dos fatores a ser analisado. De acordo com a pasta, também, o mercado tem errado as projeções de dívida.

No estudo, o ministério aponta que o nível da dívida pública projetada para o biênio 2021-22 é semelhante ao mesmo patamar de antes da pandemia da covid-19. Além disso, em uma comparação com outros países emergentes, a média do diferencial de calote da dívida brasileira se encontra no menor patamar desde o primeiro trimestre de 2021 e inferior ao período de 2015 a 2018.

Na explicação da pasta, o resultado que indica que o Brasil está no mesmo patamar pré-pandemia nas projeções da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) se deve à “política econômica de consolidação e responsabilidade fiscal que o Brasil seguiu”.

Em maio, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou superavit de R$ 28,5 bilhões nas contas públicas no mês de abril. O resultado apontou um crescimento em comparação com o mesmo período do ano anterior, no qual houve superavit de R$ 16,7 bilhões.

Para o economista da BMJ Consultoria, Mauro Cazzaniga, entretanto, o resultado superavitário das contas públicas é causado pelo aumento da inflação, que acumula alta de 11,73% nos últimos 12 meses. Assim, na visão do economista, o superavit atual não deve se manter até o fim do ano.

“A alta na arrecadação é resultado principalmente do efeito da inflação e aumento dos preços, que também gera um aumento na arrecadação. Assim, a expectativa é de que o superavit não se mantenha pelo resto do ano”, comenta.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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